|
Próximo Texto | Índice
MERCADO ABERTO
Amcham tenta reduzir a burocracia
A Amcham (Câmara Americana de Comércio) finaliza
um anteprojeto de lei para a
desburocratização do sistema tributário no Brasil. A intenção é retirar obstáculos simples
que prejudicam o andamento
dos negócios no país.
Segundo Roberto Pasqualin,
coordenador do comitê de legislação da entidade, responsável
pelo projeto, as empresas enfrentam dificuldades em procedimentos como a emissão de uma
certidão negativa de débito.
"O procedimento seria normal
se o sistema da Receita fosse eficiente. Porém, muitas vezes, as
empresas já regularizaram o débito, e, no sistema, constam como devedoras."
Segundo ele, há casos de empresas que preferem efetuar o pagamento novamente para poder
agilizar a emissão da certidão.
Apesar de simples, as certidões
negativas são necessárias para as
companhias poderem participar
de negócios grandes, como licitações públicas.
Outra medida que, segundo o
comitê, poderia desburocratizar
o sistema tributário seria a unificação da escrituração mercantil.
Trata-se dos livros nos quais as
empresas precisam relatar suas
transações. "Hoje é preciso ter
um livro para a esfera municipal,
um na estadual e outra na federal. É preciso relatar a mesma
coisa para vários órgãos."
O conjunto de propostas da
Câmara Americana de Comércio
deve ficar pronto até o fim do
ano. O material deverá ser entregue ao Ministério da Fazenda ou
ao Congresso para ser debatido.
Além do anteprojeto, a entidade já encaminhou um conjunto
com cerca de 40 propostas com a
finalidade de desburocratização
também à Fazenda e à Secretaria
da Fazenda do Estado de São
Paulo. De acordo com Pasqualin,
algumas dessas sugestões já foram postas em prática.
Apesar das críticas, ele reconhece os avanços. O grau de informatização da Receita, diz, é
dos mais avançados do mundo.
NOVO MERCADO
Líder no mercado do pré e pós-barba, a Bozzano comemora
os resultados após cinco meses no segmento de aparelhos de
barbear descartáveis, que movimenta estimados R$ 900 milhões por ano. O último levantamento da AC Nielsen, referente a julho e agosto, colocou a marca em terceiro lugar nesse
mercado - com 2,3% de participação-, posto que previa alcançar só em dezembro. "O projeto levou um ano, e realizamos uma série de pesquisas com consumidores", diz Gustavo
Hildenbrand, diretor da Revlon no Brasil, que detém a marca
Bozzano. Em SP, principal mercado do país, o desempenho
foi ainda melhor, com 5% de "market share". Apesar do resultado, a empresa não quer descuidar do segmento de espumas,
cremes e loções, que movimenta R$ 100 milhões por ano e no
qual tem 50% do mercado em vendas: ela aposta na segmentação e lança neste mês uma linha específica para quem tem
acne.
VISITA ASIÁTICA
O World Trade Center São
Paulo recebe na próxima terça
um grupo de 12 empresários sul-coreanos para 40 encontros com
lideranças brasileiras. O evento,
em parceria com o World Trade
Center Suwon, tem como objetivo fomentar negócios entre os
dois países, em vários setores de
atividade, desde em tecnologia
de vídeo digital até em suinocultura. No lado brasileiro estarão
empresas como Visanet, TS Shara e Videodata. Entre os sul-coreanos, Geosong System, Newell
e InterHeat, entre outras.
SEM FIO
O setor de módulos integrados
para comunicação sem fio da
Motorola cresceu 150% neste
ano. Esses equipamentos são
usados em aplicações como telemática (sistemas de rastreamento e localização de veículos) e telemetria (monitoramento à distância de sistemas industriais). A
previsão para 2006 é manter o
ritmo de expansão. Entre os contratos mais recentes firmados
pela empresa está um acordo
com a desenvolvedora Quanta
Tecnologia para o fornecimento
de 10 mil módulos GSM.
NO PASSO CERTO
Um grupo de criadores de
cavalos decidiu apostar na recuperação das características
originais da raça manga-larga. Segundo Paulo Almeida,
coordenador do projeto "Raízes Manga-Larga", desde a
década de 70 esses cavalos
têm perdido suas características, "como a passada, o temperamento e a rusticidade".
"Nós achamos que o cavalo
deve ter uma função. Passaram a valorizar o manga-larga só pela estética, para exposições. Mas ele é ideal para os
trabalhos nas fazendas." O
grupo, com 30 criadores, saiu
a campo para localizar os animais que ainda tinham essas
peculiaridades. Hoje já são
cerca de cem os animais no
projeto, que tem o apoio da
USP, da Ufla (Lavras) e da
Unesp. Um manga-larga pode valer até R$ 200 mil.
Próximo Texto: Paraná tem quatro focos suspeitos de aftosa Índice
|