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PECUÁRIA
Bovinos que estiveram em evento agropecuário no Paraná estão em quarentena devido a contato com outros de MS
Defesa sanitária confina 635 animais de feira
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A defesa sanitária do governo
do Paraná mantém em Toledo
(537 km a oeste de Curitiba) 635
animais de uma feira agropecuária confinados em quarentena,
desde o dia 14, à espera de confirmação de que eles não tem o vírus
da febre aftosa.
A interdição foi adotada porque
há cinco animais provenientes de
Mato Grosso do Sul, Estado onde
houve o surto da doença.
O secretário da Agricultura do
Paraná, Orlando Pessuti, disse
ontem que o procedimento sanitário de Toledo foi eficaz, em
comparação à Eurozebu, de Londrina, em razão de o governo ter
recebido há tempo a notícia do
surto de Mato Grosso do Sul.
""A feira de Toledo foi do dia 4 ao
12 deste mês. Como recebemos a
informação oficial do Ministério
da Agricultura na manhã do dia
10, pudemos determinar a quarentena", afirmou. De acordo
com ele, não há, até o momento,
nenhum indício de que a aftosa
possa ter acometido algum dos
animais confirmados.
""Mas eles continuarão confinados até termos absoluta segurança", afirmou. Animal que apresenta qualquer problema é logo
submetido a exames, afirmou o
secretário.
Os técnicos da defesa sanitária
coletaram amostras de sangue de
parte do rebanho à procura do vírus da aftosa.
Outros animais
A quarentena atinge, além de
bovinos, cavalos, porcos e ovelhas
levados para a exposição. Eles
permanecem no Centro de Eventos Ismael Sperafico com custos
bancados por seus criadores.
""Não podemos nos arriscar ainda
mais", disse Pessuti.
Os criadores que participaram
da Expo Toledo apresentaram
guia de trânsito animal, o que, em
tese, confirma que os animais expostos passaram por vacinação
contra a aftosa.
A quarentena é um procedimento recomendado pelo Ministério da Agricultura e também pela OIE (Organização Mundial para a Saúde Animal), que tem sede
em Paris.
O confinamento dos animais
era motivo de protestos até ontem
de criadores, sob o argumento de
que não existiam indícios de que a
doença havia chegado ao Paraná
ou à exposição.
Ontem, a Folha procurou a direção da Sociedade Rural de Toledo para que se pronunciasse sobre a suspeita do foco de aftosa
em quatro cidades do Paraná,
mas não conseguiu contato.
Na terça-feira, o governador
Roberto Requião (PMDB) disse
que rejeitava uma verba de R$ 1,5
milhão do Mapa, como ajuda de
emergência para aplicar em medidas de combate à aftosa.
Ele disse que o valor era ""uma
migalha", que doaria a MS para
ajudar a melhorar o recurso destinado ao Estado vizinho. O Paraná
estima gastar do seu próprio Tesouro R$ 6 milhões com a vacinação de seu rebanho.
(MARI TORTATO)
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