LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O caminhoneiro Alvício Somavila, 51, morreu anteontem à noite ao trocar tiros com um policial que estava acompanhado de um veterinário em uma barreira sanitária no município gaúcho de Porto Xavier (localizado a 580 km de Porto Alegre, na fronteira com a Argentina).
Somavila transportava três bois em seu caminhão e não quis parar no posto. Ao ser interceptado, não quis entregar notas e guias de transportes. Uma discussão, então, começou.
O motorista disse que buscaria um documento dentro do caminhão, mas pegou seu revólver e passou a atirar contra a barreira. Atingiu o policial no abdômen (protegido pelo colete à prova de balas) e o veterinário na perna esquerda. Os dois foram medicados e liberados.
A BM (Brigada Militar), segundo o comandante Valdir Rörig, interpretou o caso como autodefesa do policial que matou o motorista. O nome do policial não foi fornecido. O caminhoneiro morreu com três disparos efetuados pelo policial. Dois deles atingiram seu peito.
Somavila já tinha antecedentes por homicídio e tentativa de homicídio. Estava em liberdade condicional.
A BM ainda não sabia ontem à tarde a procedência dos bovinos transportados pelo caminhoneiro. A estrada onde circulava Somavila ligava duas cidade próximas e era de chão batido.
Porto Xavier é separado da Argentina pelo Rio Uruguai. Para cruzar a fronteira dos países, é necessária a utilização de balsa para atravessar o rio.


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