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ENTENDA
Febre aftosa raramente atinge seres humanos, afirmam especialistas
Leite cru traz mais risco que carne
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
E DA REDAÇÃO
A febre aftosa não representa
impacto direto na saúde pública. Comer carne contaminada
pela doença praticamente não
traz risco nenhum à saúde humana, segundo o SIC (Serviço
de Informação da Carne).
"A contaminação humana pela ingestão não foi comprovada", diz Edviges Maristela Pituco, veterinária do Instituto Biológico de São Paulo e membro
do Comitê Técnico do SIC.
Segundo Pituco, a febre aftosa
é considerada uma zoonose
(doença que incide sobretudo
em animais) e afeta raramente o
homem. "A infecção em humanos só ocorre com exposição
massiva ou causas predisponentes que alterem a suscetibilidade. A transmissão pode ocorrer por contato com animais enfermos ou material infeccioso,
por meio de lesões mínimas, como arranhões."
Existe um risco de contaminação também pelo leite cru das
vacas enfermas. De acordo com
nota oficial divulgada pelo Ministério da Agricultura, crianças
podem adoecer se ingerirem leite cru. É recomendável, inclusive para a prevenção de outras
doenças, consumir leite pasteurizado ou submetido à fervura.
O Departamento de Saúde
Animal informou que a aftosa
no homem é uma doença com
uma sintomatologia leve, que se
cura entre uma ou duas semanas. Causa febre e dor de cabeça,
e depois podem aparecer lesões
na boca, nas mãos e nos pés.
"Em adultos, a infecção clínica
é rara e provavelmente está associada a uma sensibilidade excepcional, de origem desconhecida", afirmou a nota.
O homem é um hospedeiro
acidental do vírus e pode transmiti-lo indiretamente a animais
sadios por meio de roupas, calçados e mãos contaminadas.
"Pode-se dizer, com segurança, que a febre aftosa é um problema essencialmente econômico e social", declarou o Departamento de Saúde Animal.
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