São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2008

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FMI prevê recessão para grandes países europeus

BC do Reino Unido afirma que contração é "provável"

DA REDAÇÃO

O FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou ontem que a Europa está vivendo uma das piores crises financeiras da história e que algumas das principais economias da região deverão entrar em recessão nos próximos meses.
Segundo o Fundo, a economia da Itália recuará 0,1% ainda neste ano e o dobro no ano que vem. O PIB espanhol também se contrairá em 0,2% em 2009, e o do Reino Unido recuará 0,1%. A principal economia européia, a alemã, ficará estagnada no ano que vem, que será o pior resultado desde 2003. Para a França, o órgão prevê alta de 0,2% -após a recessão de 1993, o país cresceu sempre ao menos 1% ao ano.
"Espera-se que a atividade fique estagnada no curto prazo nas economias mais avançadas, com a deflação dos booms de preços de ativos e consumo e a instituições financeiras contendo o crédito para reduzir a alavancagem", disse o FMI.
A entidade disse ainda que as economias de Letônia e Irlanda se contrairão neste ano e em 2009. A Estônia terá crescimento negativo neste ano, e a Islândia (que deve anunciar nos próximos dias um empréstimo bilionário do Fundo) entrará em recessão no próximo ano, ainda de acordo com o FMI. Para ele, Belarus será o país europeu que mais crescerá neste ano e no próximo.
Ontem, o presidente do Banco da Inglaterra (o BC britânico), Mervyn King, afirmou que a segunda maior economia européia "provavelmente" está entrando em recessão, o que não ocorre desde 1992.
"A combinação do aperto no salário líquido com o declínio na disponibilidade de crédito estabelece o risco de uma desaceleração aguda e prolongada na demanda doméstica", disse.
A economia britânica ficou estagnada no segundo trimestre e os números do PIB de julho a setembro devem ser divulgado depois de amanhã.
King ainda sinalizou que o banco central britânico poderá cortar novamente a taxa de juros (reduziu em 0,5 ponto percentual há duas semanas em ação com outros BCs globais), já que a desaceleração deverá reduzir a inflação para perto da meta de 2%. No mês passado, a inflação no Reino Unido subiu 5,2%, a maior taxa em 16 anos.


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