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FMI prevê recessão para grandes países europeus
BC do Reino Unido afirma que contração é "provável"
DA REDAÇÃO
O FMI (Fundo Monetário
Internacional) afirmou ontem
que a Europa está vivendo uma
das piores crises financeiras da
história e que algumas das
principais economias da região
deverão entrar em recessão nos
próximos meses.
Segundo o Fundo, a economia da Itália recuará 0,1% ainda neste ano e o dobro no ano
que vem. O PIB espanhol também se contrairá em 0,2% em
2009, e o do Reino Unido recuará 0,1%. A principal economia européia, a alemã, ficará
estagnada no ano que vem, que
será o pior resultado desde
2003. Para a França, o órgão
prevê alta de 0,2% -após a recessão de 1993, o país cresceu
sempre ao menos 1% ao ano.
"Espera-se que a atividade fique estagnada no curto prazo
nas economias mais avançadas,
com a deflação dos booms de
preços de ativos e consumo e a
instituições financeiras contendo o crédito para reduzir a
alavancagem", disse o FMI.
A entidade disse ainda que as
economias de Letônia e Irlanda
se contrairão neste ano e em
2009. A Estônia terá crescimento negativo neste ano, e a
Islândia (que deve anunciar
nos próximos dias um empréstimo bilionário do Fundo) entrará em recessão no próximo
ano, ainda de acordo com o
FMI. Para ele, Belarus será o
país europeu que mais crescerá
neste ano e no próximo.
Ontem, o presidente do Banco da Inglaterra (o BC britânico), Mervyn King, afirmou que
a segunda maior economia européia "provavelmente" está
entrando em recessão, o que
não ocorre desde 1992.
"A combinação do aperto no
salário líquido com o declínio
na disponibilidade de crédito
estabelece o risco de uma desaceleração aguda e prolongada
na demanda doméstica", disse.
A economia britânica ficou
estagnada no segundo trimestre e os números do PIB de julho a setembro devem ser divulgado depois de amanhã.
King ainda sinalizou que o
banco central britânico poderá
cortar novamente a taxa de juros (reduziu em 0,5 ponto percentual há duas semanas em
ação com outros BCs globais),
já que a desaceleração deverá
reduzir a inflação para perto da
meta de 2%. No mês passado, a
inflação no Reino Unido subiu
5,2%, a maior taxa em 16 anos.
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