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China cresce à base de esteroides, diz analista
Problema é "desmamar" a economia do apoio estatal
DA BLOOMBERG
A farra do crédito na China,
estimulada pelos incentivos,
provavelmente ajudou o crescimento econômico no terceiro
trimestre para o ritmo mais
acelerado em um ano.
Agora, os responsáveis pelas
políticas públicas têm de descobrir como "desmamar" a economia do apoio do Estado.
A revitalização do país teve
como força motriz 4 trilhões de
iuans (US$ 586 bilhões) de gastos em ferrovias, rodovias, usinas de energia elétrica e habitação pública. O programa termina no ano que vem, o que obrigará o primeiro-ministro Wen
Jiabao a encontrar novas formas de sustentar a expansão
com aumento nos gastos do
consumidor e no crédito para
as pequenas empresas.
"Esse foi um crescimento à
base de esteroides", disse Michael Pettis, professor de finanças da Universidade de Pequim.
"A questão agora é como parar
de injetar tanto dinheiro no sistema sem reduzir acentuadamente o crescimento econômico", disse Pettis.
O apoio do Estado vai corresponder a mais de 80% do crescimento econômico da China
neste ano, segundo o Banco
Mundial. Isso desencadeou recordes na produção de minério
de ferro do Rio Tinto Group e
nas vendas de carros da Volkswagen AG na China.
Não será fácil sair do incentivo sem assustar os investidores: uma queda acentuada no
crescimento do crédito em julho derrubou o Índice Composto de Xangai em mais de 20%
em agosto.
Prorrogar o estímulo por um
período longo demais representa o perigo de desviar recursos para ações e imóveis, desgastar a qualidade dos ativos
bancários e aumentar as pressões inflacionárias, disse o Banco de Desenvolvimento da Ásia,
em relatório de setembro.
O gabinete chinês disse ontem que vai continuar com as
medidas de incentivo monetário e fiscal, mesmo depois de o
desempenho econômico ter superado as expectativas para os
nove primeiros meses do ano.
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