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FRONTEIRA
Sacoleiros põem fogo em 5 ônibus em Foz do Iguaçu
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Cinco ônibus que estavam retidos em um posto de fiscalização
da Receita Federal foram queimados na noite de anteontem por sacoleiros. A ação mostra uma nova
tática dos sacoleiros para fugir da
fiscalização da Receita.
Para escapar do cerco, os sacoleiros formaram um comboio de
280 ônibus que deixaram Foz do
Iguaçu no início da noite de sábado. Em Medianeira, no posto de
fiscalização Bom Jesus, da Receita
Federal, o comboio foi parado, e a
Receita selecionou 20 ônibus para
serem fiscalizados.
Os sacoleiros, em número
maior que o efetivo da Polícia Rodoviária Federal, resolveram impedir a fiscalização. Depois de
bloquear a rodovia BR-277, eles
decidiram queimar cinco ônibus
que estavam estacionados no
posto de fiscalização. Os ônibus
haviam sido apreendidos em operações anteriores da Receita.
Com o tumulto provocado pelo
incêndio, o comboio de 280 ônibus seguiu em frente sem qualquer fiscalização. A ação mostra
um recrudescimento na disputa
entre sacoleiros -que trazem
mercadorias contrabandeadas do
Paraguai- e a Receita Federal.
A ação dos sacoleiros aconteceu
depois de um bloqueio, por comerciantes e políticos paraguaios,
da ponte da Amizade, que liga Foz
do Iguaçu a Ciudad del Este, durante toda a semana passada.
O bloqueio, apoiado pelos sacoleiros brasileiros, era um protesto
dos paraguaios contra a Operação
Cataratas, que já apreendeu, em
uma semana, R$ 5 milhões em
mercadorias contrabandeadas.
O delegado da Receita Federal
em Foz do Iguaçu, José Carlos de
Araújo, estima que, diariamente,
US$ 5 milhões em mercadorias
entrem ilegalmente no país pela
ponte da Amizade.
Os paraguaios querem que o
governo brasileiro aumente a cota
de US$ 150 para ingresso de mercadorias sem fiscalização, para
US$ 500.
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