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Negociação argentina poderá ter adiamento
SILVANA ARANTES
DE BUENOS AIRES
Os planos da Argentina para
sair da moratória com credores
privados no próximo mês de janeiro devem sofrer novo adiamento. A data prevista para o início da troca dos papéis (29/11) foi
rejeitada pela comissão de valores
da Itália na última sexta-feira.
O órgão italiano pediu prazo até
o dia 20 deste mês para autorizar a
reestruturação -15% da dívida
argentina está nas mãos de investidores italianos. Na mesma data,
o Bank of New York, que seria responsável pela troca de títulos nos
EUA, desistiu de fazer a operação,
com a justificativa de que ela envolve "enorme complexidade".
O ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, interpretou os revezes como pressão para
uma melhora da atual oferta, que
propõe o desconto de 75% da dívida (US$ 82 bilhões).
De acordo com a imprensa argentina, o presidente Néstor
Kirchner suspeita de influência
do FMI (Fundo Monetário Internacional) no surgimento dos novos problemas. O adiamento torna mais apertada a agenda de renegociação da Argentina com o
fundo, que faria a revisão de metas do país vizinho no primeiro
trimestre de 2005.
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