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Crise imobiliária se reflete na AL e confiança na economia da região cai
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A América Latina não ficou
inume à crise do mercado imobiliário norte-americano, e o
índice de clima econômico da
região caiu de 5,9 pontos em julho para 5,6 pontos em agosto,
segundo sondagem do instituto
alemão IFO, ligado à Universidade de Munique e à FGV
(Fundação Getulio Vargas).
A boa notícia é que a região
foi menos afetada pela turbulência dos mercados internacionais do que as outras, especialmente Europa e Estados
Unidos, revela a pesquisa realizada com mais de 1.000 especialistas em todo o mundo.
"A situação na América Latina já foi mais favorável. Embora a avaliação sobre a situação
atual da economia tenha se
mantido inalterada, houve uma
piora quanto às expectativas
sobre o futuro da economia.
Nos Estados Unidos e na Europa, no entanto, as expectativas
tiveram uma deterioração mais
evidente", disse Aloísio Campelo, coordenador de Análises
Econômicas da FGV.
A sondagem de outubro revelou ainda que o crescimento
econômico na América Latina
ficará em 4,1%, em média, nos
próximos três ou cinco anos.
No mesmo mês de 2006, a expansão prevista era de 4%.
O crescimento econômico da
região manteve o padrão histórico de ser o mais baixo dentre
as áreas que concentram países
emergentes. A Rússia e as ex-repúblicas soviéticas (Ucrânia,
Cazaquistão etc) devem crescer 6%, embaladas pelo petróleo. No Oriente Médio, a taxa
deve ficar em 4,9%.
Na média, a economia mundial deve crescer 3,3% no período de até cinco anos. Para a Europa Ocidental, zona de menor
crescimento previsto, a expectativa é de 2,2%.
Menos vulnerável
Apesar da piora no índice, a
América Latina está menos
vulnerável às crises e sua avaliação não sofreu tanto como a
de outras regiões, diz Campelo.
Citando o Brasil, o coordenador da FGV afirma que aumentaram as reservas do país, a vulnerabilidade externa é menor
com a geração de superávit em
conta corrente e o crescimento
está calcado no mercado interno de consumo.
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