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Bolsa perde 6,5% com queda da ação da Petrobras
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com as ações da Petrobras
em forte queda, a Bolsa de Valores de São Paulo retornou do
feriado em rota contrária à vivida pelo mercado norte-americano ontem. A Bovespa encerrou o último pregão da semana
com desvalorização de 6,45%,
aos 31.250 pontos.
O mercado de câmbio também teve um dia negativo, com
o dólar saltando para R$ 2,458
(alta de 2,85%).
Em Wall Street, o índice Dow
Jones subiu 6,54% -havia caído 5,56% na quinta-feira.
O petróleo seguiu ladeira
abaixo na semana e foi vendido
ontem na faixa dos US$ 49 em
Nova York. Em julho, o barril
do produto alcançou os US$
147, nível que levou analistas a
projetarem um futuro mais
promissor para a Petrobras.
No pregão de ontem, as ações
ordinárias da Petrobras despencaram 9,37%; os papéis preferenciais terminaram o dia
com perdas de 8,70%.
Esse resultado é bastante incômodo para os trabalhadores
que têm parte de seu FGTS
aplicado nas ações da Petrobras. Os papéis ordinários da
estatal, que estão nos fundos
FGTS/Petrobras, registram depreciação de 61,3% em 2008.
A companhia anunciou ontem novas descobertas de petróleo em reservatórios do pré-sal do Espírito Santo, mas a notícia pouco afetou as ações.
Na semana, os papéis da estatal estiveram entre as maiores
baixas registradas no índice
Ibovespa, com recuos de
18,64% (PN) e 19,48% (ON).
O Ibovespa (que reúne as 66
ações mais negociadas) encerrou a semana com perdas de
12,68%. Foram 52 baixas e apenas 14 altas entre os papéis do
Ibovespa na semana.
Outros papéis de peso no
Ibovespa tiveram quedas elevadas no pregão de ontem: Bradesco PN se desvalorizou em
9,64%; Vale ON recuou 8,80%;
Itaú PN caiu 7,97%; e
BM&FBovespa ON, 7,81%.
"Para a próxima semana,
acreditamos na permanência
da volatilidade dos mercados e
na ausência de notícias positivas em relação à economia norte-americana. Com esse cenário, a Bovespa poderá buscar
patamares ainda menores do
que o registrado no fechamento de hoje [ontem]. Acreditamos numa diminuição significativa no volume e na permanência de saída de capital estrangeiro", afirma Júlio Martins, diretor da Prosper Gestão
de Recursos.
A contínua saída de recursos
externos do mercado acionário
doméstico apenas piora o cenário para a enfraquecida Bolsa
de Valores de São Paulo. Este é
o sexto mês em que os estrangeiros mais vendem que compram ações na Bovespa. Nesse
período, mais de R$ 25 bilhões
deixaram o pregão local -sendo R$ 1,6 bilhão neste mês, até
o dia 18.
Em alta
As ações da Nossa Caixa foram as que mais destoaram do
rumo do mercado ontem. Em
repercussão à operação de venda para o Banco do Brasil,
anunciada na quinta-feira, as
ações da Nossa Caixa tiveram
forte apreciação de 22,80% ontem, liderando os ganhos do
pregão. Já as ações ordinárias
do Banco do Brasil desabaram
14,33%.
Na semana, o papel que mais
subiu no Ibovespa foi exatamente o da Nossa Caixa, com
ganho acumulado de 20%. Em
seguida apareceram Transmissão Paulista PN (9,47%) e
CPFL Energia ON (4,56%).
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