São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br OTIMISMO CAUTELOSO A crise financeira ainda não afetou o consumo de café, mas o setor não está muito tranqüilo com o que pode vir nos próximos meses. Néstor Osorio, diretor-executivo da OIC (Organização Internacional do Café), resumiu bem o sentimento da indústria no 16º Encafé, da Abic (associação das indústrias), que está ocorrendo em Porto de Galinhas (PE): "Estamos com um otimismo cauteloso". SEM QUEDAS Para Osorio, não haverá queda de consumo, mas apenas reduções de preços, principalmente nos cafés de US$ 5 por xícara vendidos nas cafeterias de luxo de Londres e de Paris. O café já faz parte do dia-a-dia dos consumidores e tem baixo custo na renda total dos cidadãos. A partir de agora, o café de qualidade é o que mais deve se sustentar no mercado, acredita o diretor-executivo da OIC. OFERTA CURTA Independentemente da crise, haverá equilíbrio entre oferta e demanda de café, acredita Osorio. Nesta safra, a produção mundial será de 131 milhões de sacas para um consumo de 128 milhões. Para 2009/10, a situação não dever estar tão tranqüila, já que o Brasil, o pêndulo do mercado, deverá ter uma safra menor do que a atual. DIFERENTE DA EUROPA Massimo Locatelli, da italiana Lavazza, diz que a crise por aqui não está tendo os mesmos efeitos da na Europa. A empresa continua ampliando as vendas e deverá fechar o ano com aumento de 28% no Brasil. Francisco Campiche, da Nespresso Brasil, também diz que a crise ainda não chegou ao setor, embora haja algumas dúvidas daqui para a frente. MOMENTO DIFERENTE Já o presidente da Starbucks, Ricardo Carvalheira, diz que o Brasil vive momento diferente do de outros mercados, como o dos Estados Unidos, onde a empresa está reduzindo o número de lojas. Por aqui, a Starbucks faz três inaugurações nas próximas semanas e mantém a programação de investimento, com foco em São Paulo e no Rio de Janeiro. MUDANÇAS A crise financeira certamente deverá promover algumas mudanças nos hábitos de consumo, mas não será o caso do café no Brasil. Bernardo Wolfson, presidente da Melitta, diz que a bebida deve manter crescimento no país, mas novas opções e variedades serão determinantes daqui para a frente. ISENÇÃO Todos os produtos da cesta básica deverão ter isenção de impostos. Pelo menos é o que está sendo proposto na votação da reforma tributária. Se aprovada, a medida vai gerar 780 mil novos empregos no campo e 83 mil na indústria, segundo o deputado Duarte Nogueira Júnior (PSDB/SP). DERIVATIVOS Chega ao mercado o livro "Derivativos de Agronegócios", de Wilson Miceli. A obra tem por objetivo apresentar o tema derivativos "sem desconforto" até para os que não são familiarizados com o assunto. O lançamento ocorrerá na próxima terça-feira. Texto Anterior: Com reforma, ICMS ameaça elevar a carga tributária Próximo Texto: Ação da Nossa Caixa dispara 23% Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |