São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008

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Operações no país interessam a todos os bancos brasileiros

DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana em que integrantes do conselho do Citigroup cogitaram publicamente a venda da instituição, o presidente mundial do banco, Vikram Pandit, fez uma visita relâmpago ao Brasil, que levantou suspeitas sobre uma eventual negociação das operações brasileiras com concorrentes locais.
Questionado pela Folha se poderia vender o banco ou parte dele no país, Pandit descartou se desfazer de qualquer negócio no Brasil ou mesmo se associar a um banco local para ganhar escala e competir melhor no crédito brasileiro.
"Temos todo o desejo de aumentar nossa presença no Brasil. Qualquer proposta ou idéia sobre como fazer isso será bem-vinda. Olhamos para frente e queremos fazer parte do desenvolvimento do Brasil", afirmou.
As operações do Citibank interessam a todos os bancos brasileiros, especialmente ao Bradesco, que em menos de um ano perdeu a liderança em São Paulo e agora tem a quarta rede de agências no Estado.
Aparentemente, Pandit não teve qualquer reunião fora do Citibank no Brasil.
Décimo maior banco no país, o Citi tem cerca de R$ 40 bilhões em ativos. Apesar de ser um volume considerável, ainda é pequeno para levar a uma mudança no novo ranking bancário, liderado por Itaú-Unibanco (R$ 575 bilhões em ativos), seguido por BB-Nossa Caixa (R$ 512,4 bilhões) e Bradesco (R$ 422 bilhões).
Hoje, o principal negócio do Citi não está mais no varejo de alta renda, mas no banco de atacado.
O Citi lidera no atendimento a grandes empresas, câmbio de moedas, gestão de caixa e emissão de cartões.
(TONI SCIARRETTA)

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