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Citi já estuda fusão; ação cai 60%
Banco também analisa vender unidades e demitir seu presidente, depois que papéis caíram 60% na semana
Após dois pregões seguidos de queda de mais de 5%, Bolsa de NY tem 4ª maior alta do ano, com rumores sobre secretário do Tesouro
DA REDAÇÃO
O Citigroup, que terminou o
segundo trimestre como o
maior banco dos Estados Unidos, pode ser a próxima instituição financeira a ser engolida
pela crise. O conselho do grupo
estuda a venda de algumas unidades ou até mesmo de todo o
banco, depois que as ações despencaram para níveis não vistos em mais de dez anos.
Outra opção que estava sendo considerada pelo conselho,
que esteve reunido ontem, era a
demissão do presidente-executivo do Citigroup, Vikram Pandit -que assumiu o posto em
dezembro de 2007. Em conversa com funcionários do banco
ontem, Pandit afirmou que não
quer vender unidades e pretende manter o Citi independente.
Ele negou ainda os rumores
de que pretende vender a
Smith Barney, a unidade americana de gerenciamento de
fortunas.
Segundo a TV CNBC, dirigentes do Citi disseram que,
para interromper a queda nas
ações, o banco terá que fazer
"uma mudança estratégica" no
seu rumo, como levantar dinheiro ou encontrar um parceiro para fusão. Entre os cogitados, estão Goldman Sachs,
Morgan Stanley e State Street,
mas fechar um acordo agora,
com o aperto no crédito e várias
instituições também com problemas, não será tarefa fácil.
Mesmo o corte anunciado
nesta semana de 52 mil vagas
no mundo todo não conseguiu
reverter as preocupações dos
acionistas com o futuro do banco, que já perdeu mais de US$
20 bilhões desde o quarto trimestre do ano passado.
O Citigroup não conseguiu
aproveitar oportunidades que
surgiram com a crise e se expandir como o JPMorgan e
perdeu o posto de maior banco
americano para o rival.
Mas as ações do Citigroup tiveram queda mesmo ontem,
um dia em que as Bolsas dos
EUA terminaram em forte alta,
com a expectativa de que Timothy Geithner, o presidente
da divisão de Nova York do Fed
(o BC dos EUA), será anunciado como o secretário do Tesouro no governo Barack Obama.
Os papéis do Citigroup recuaram 19,96%, cotados a US$
3,77, e agora o banco tem valor
de mercado de cerca de US$ 20
bilhões -no fim de 2006, ele
valia US$ 274 bilhões e só era
superado no mundo por ExxonMobil, General Electric e
Microsoft. Apenas nesta semana, as ações do banco caíram
60,4%. Ampliando o levantamento para 15 de setembro
(quando o Lehman Brothers
pediu concordata, desencadeando o recrudescimento da
crise), a queda já é de 79%.
A desvalorização das ações
do Citigroup, que têm a menor
cotação em 12 anos, ocorreu em
um pregão em que o principal
índice da Bolsa de Nova York, o
Dow Jones, subiu 6,54%, a
quarta maior alta do ano. O índice, que operou em queda na
maior parte do dia e vinha de
dois pregões seguidos de recuo
de mais de 5%, começou a se recuperar na hora final, com as
primeiras notícias de que
Geithner deverá substituir
Henry Paulson no comando do
Tesouro americano.
O dia também foi de recuperação para o índice S&P 500,
formado por 500 companhias
(ante 30 do Dow Jones), que tinha caído anteontem para o
menor nível em 11 anos. A alta
ontem foi de 6,32%.
Com o "Financial Times"
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