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MERCADO ABERTO
IGP-M será o menor da história
A inflação medida pelo IGP-M
(Índice Geral de Preços ao
Mercado) neste ano será
provavelmente a menor da
história do índice. Nos 11 primeiros meses, o IGP-M, que começou a ser calculado em 1989, acusou uma alta de apenas 1,22%, e a
tendência é que o índice encerre
2005 próximo a esse patamar. A
segunda prévia do IGP-M de dezembro registrou uma variação
negativa de 0,096%. O menor
IGP-M da história até hoje ficou
em 1,78%, em 1998.
O resultado foi considerado
surpreendente. As previsões, no
início do ano, eram de 6%. Segundo o economista Salomão
Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas), esse desempenho do IGP-M se deve, basicamente, ao câmbio (dólar baixo).
Como 60% do índice reflete a
variação dos preços no atacado, o
dólar tem um peso importante
na formação da inflação. No entanto outros fatores também ajudaram para o resultado menor,
como a queda de preços de algumas commodities (aço, por
exemplo), além da carne, que
também baixou com a descoberta de febre aftosa no país.
A principal conseqüência desse
resultado é que alguns preços administrados, cujos reajustes estão indexados ao IGP-M, sofrerão uma pequena variação em
2006. O reajuste de energia elétrica, por exemplo, que está atrelado ao índice, deverá ter uma variação inferior a 2%. Outros preços importantes que sempre estiveram ligado ao IGP-M, como os
do mercado imobiliário, principalmente o aluguel, também deverão sofrer uma pequena alta.
Salomão Quadros observa que,
dessa forma, os preços administrados, que são normalmente
acusados de serem prejudiciais
ao controle da inflação, por tradicionalmente ficarem acima do
IPCA, serão um facilitador no
próximo ano. "Os preços administrados deixarão de ser uma
peça de resistência ao controle da
inflação", diz Quadros.
SEM AJUDA
O deputado federal Armando
Monteiro Neto (PTB-PE), presidente da CNI, decidiu abrir mão
da ajuda de custo pela convocação extraordinária do Congresso. Ele encaminhou a solicitação
à direção da Câmara ontem.
NOVO SERVIÇO
O publicitário Silvio Matos, ex-Y&R, prepara um serviço inédito no mercado nacional em sua
nova agência, a Matos, que será
inaugurada em janeiro. Trata-se
de um departamento para criar
conteúdo apenas para programas de TV, projetos editoriais e
plataformas digitais.
EM QUEDA
O nível de emprego da construção pesada registrou queda
de 1,69% em novembro na comparação com outubro, com a demissão de 587 trabalhadores. É a
primeira queda em oito meses,
segundo o Sindicato da Indústria
da Construção Pesada de São
Paulo. No comparativo com o
mesmo mês do ano passado, foi
registrada alta de 12,10%, com a
abertura de 3.680 postos de trabalho. Em novembro de 2004, o
setor empregava 30.403 trabalhadores. No mês passado, as
empresas contabilizaram 34.083
empregados. Quando o levantamento surgiu, em 1986, o setor
empregava 132.813 pessoas.
QUEDA-DE-BRAÇO
A Força Sindical quer assinar
em janeiro com a direção do
Wal-Mart do Brasil um acordo
para evitar a demissão de funcionários do Sonae, recém-adquirida pela cadeia americana de varejo. O Wal-Mart diz não ter interesse em dispensar os 10 mil
funcionários do Sonae no país.
Em reunião ontem com o ministro Luiz Marinho (Trabalho), os
comerciários acertaram a formação de um grupo para discutir
com os trabalhadores o problema da automação no varejo, das
jornadas extensivas de trabalho
no setor e a questão do trabalho
aos domingos. O grupo começará a se reunir em janeiro.
COOPERATIVAS
Inauguradas em 2004, as três
cooperativas de crédito do Ciesp
em Birigui, Sertãozinho e no
ABCD fecham o ano com resultados positivos. Com volume inicial de recursos que não ultrapassava R$ 1,2 milhão, os associados têm atualmente à disposição cerca de R$ 13 milhões, que
podem ser emprestados à juros
menores do que os praticados
pelo mercado. Em 2006, está prevista a inauguração de mais três
cooperativas, em Presidente
Prudente, Jaú e São José dos
Campos. A linha é voltada especialmente a pequenas empresas,
que, assim, podem fugir das exigências da rede bancária.
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