São Paulo, terça, 22 de dezembro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice POLÍTICA ECONÔMICA Cerca de 600 empresários, sindicalistas e parlamentares compareceram à manifestação em São Paulo Fiesp lidera ato contra os juros altos
MAURICIO ESPOSITO RICARDO GRINBAUM da Reportagem Local Cerca de 600 empresários, sindicalistas e parlamentares paulistas participaram ontem da manifestação "Pacto pela Produção e pelo Emprego", da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Coordenado pelo presidente da federação, Horacio Lafer Piva, o movimento lançou um documento com as principais reivindicações das indústrias e dos sindicatos para incentivar a produção. O texto servirá de base para a discussão de propostas que serão entregues ao governo federal, a partir da segunda quinzena de janeiro. Além de pedir uma redução imediata da taxa básica de juros, dos atuais 29% para 20% ao ano, o movimento cobrou uma redução da TJLP (a taxa usada na maior parte dos empréstimos do BNDES) e combate às importações que adotem práticas de comércio desleais. Estiveram presentes empresários como Luiz Fernando Furlan, da Sadia; Paulo Butori, representando as indústrias de autopeças; Pio Gavazzi, da Pirelli, e Mario Bernardini, do setor de máquinas e equipamentos. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical, e Luiz Marinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da CUT, também compareceram. A Fiesp fez críticas à política econômica, mas num tom de conciliação com o presidente Fernando Henrique Cardoso. "Ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, dizemos que apoiamos a sua defesa da estabilidade da moeda. Mas dizemos também não ser possível que a política econômica se limite a assistir a produção industrial diminuir e desaparecerem os empregos de milhares de trabalhadores", disse Piva. O presidente da Fiesp também procurou ser conciliador com os sindicalistas da Força Sindical. Apesar do logotipo estampado na faixa oficial da manifestação, o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, não deu apoio ao ato. "Se não atrairmos outros setores seremos só um grupo de doidos de São Paulo querendo derrubar a equipe econômica", disse Paulinho. A CUT, representada por seus principais dirigentes, não apoiou formalmente a Fiesp. ² Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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