da Reportagem Local

A alta dos juros fez com que a Antarctica adiasse por tempo indeterminado o projeto de construção de uma megafábrica de cerveja no município de Joinvile, em Santa Catarina, que absorveria investimentos de até US$ 200 milhões e geraria 350 empregos.
"Se me perguntassem em agosto, eu diria que começaríamos a construir a fábrica em janeiro. Agora, estamos avaliando a política de juros altos", diz Victório De Marchi, diretor-geral da Antarctica.
Segundo ele, o ideal seria uma TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo) de 11% ao ano. Hoje, essa taxa, que baliza financiamentos dados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), está em 18,06%.
Quando a nova fábrica em Joinvile ficar pronta, a Antarctica pretende fechar duas outras também na região Sul, que são consideradas obsoletas, o que acarretaria a demissão de cerca de 600 pessoas em um prazo de 18 a 36 meses.
A própria reestruturação societária que está sendo feita hoje vai provocar a demissão de cerca de cem funcionários nas sete empresas que terão seu capital fechado.
Desde 95, a Antarctica já fechou 15 fábricas que estavam ultrapassadas.
Hoje a empresa tem 13 fábricas de refrigerante e 17 de cerveja.
Dessas 17, dez estão no modelo de megafábrica, quatro podem ser ajustadas e três devem ser fechadas -as duas do Sul e mais uma em São Luís do Maranhão que atualmente está parada. (VA)



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