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MERCADO FINANCEIRO
Instituições financeiras ganham com a manutenção dos juros; Ibovespa perde 1,43%, e dólar cai 0,21%
Ação de banco fecha em alta após Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações dos bancos responderam positivamente à decisão do
Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de
manter os juros básicos da economia em 16,5% ao ano.
O papel preferencial do Bradesco foi o terceiro mais negociado
do pregão de ontem na Bolsa de
de Valores de São Paulo e fecharam com ganho de 1,29%. As
ações PN do Itaú tiveram alta de
2,8%, e o papel ON do Unibanco
registrou valorização de 1,4%.
A manutenção da Selic é favorável aos bancos em pelo menos
dois pontos: não têm de baixar
seus juros e ganham mais nos negócios com títulos públicos que
acompanham a taxa básica, avaliam analistas financeiros.
O Ibovespa -índice que segue
as 54 ações de maior negociação- fechou o pregão com recuo
de 1,43%, aos 22.968 pontos. Todos os índices da Bovespa caíram.
Os negócios na Bolsa foram
movimentados. O giro do pregão
da Bolsa de ontem superou o R$
1,25 bilhão.
Na liderança das perdas ficaram
as ações com direito a voto (ON)
da Embraer, que recuaram 4,8%.
Considerando os setores, o que
mais perdeu foi o elétrico. O IEE
(índice das ações de elétricas) teve
baixa de 2,1%.
As ações da Eletrobrás registraram perdas de 3,9% (ON) e 3,8%
(PNB).
Câmbio calmo
Nem mesmo a decisão do Copom e as duas atuações do BC no
mercado de câmbio evitaram que
o dólar recuasse. A moeda norte-americana encerrou com baixa de
0,21%, aos R$ 2,839.
Operadores de câmbio afirmam
que entrou no mercado ontem
cerca US$ 250 milhões provenientes de captações feitas no exterior recentemente. Com isso, as
duas compras de dólares realizadas pelo BC não foram suficientes
para segurar a cotação da moeda.
A decisão do BC de não renovar
os US$ 2,5 bilhões em dívida cambial que vence no próximo dia 2
poderia gerar algum impacto extraordinário no dólar.
Com o resgate dos títulos que
vencem, bancos e empresas com
obrigações futuras em dólares poderiam ver necessidade de comprar moeda como precaução contra eventuais altas. Mas, na prática, desde que o BC passou no ano
passado a renovar parcelas cada
vez menores de sua dívida cambial, o dólar não foi pressionado.
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