São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Instituições financeiras ganham com a manutenção dos juros; Ibovespa perde 1,43%, e dólar cai 0,21%

Ação de banco fecha em alta após Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

As ações dos bancos responderam positivamente à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de manter os juros básicos da economia em 16,5% ao ano.
O papel preferencial do Bradesco foi o terceiro mais negociado do pregão de ontem na Bolsa de de Valores de São Paulo e fecharam com ganho de 1,29%. As ações PN do Itaú tiveram alta de 2,8%, e o papel ON do Unibanco registrou valorização de 1,4%.
A manutenção da Selic é favorável aos bancos em pelo menos dois pontos: não têm de baixar seus juros e ganham mais nos negócios com títulos públicos que acompanham a taxa básica, avaliam analistas financeiros.
O Ibovespa -índice que segue as 54 ações de maior negociação- fechou o pregão com recuo de 1,43%, aos 22.968 pontos. Todos os índices da Bovespa caíram.
Os negócios na Bolsa foram movimentados. O giro do pregão da Bolsa de ontem superou o R$ 1,25 bilhão.
Na liderança das perdas ficaram as ações com direito a voto (ON) da Embraer, que recuaram 4,8%. Considerando os setores, o que mais perdeu foi o elétrico. O IEE (índice das ações de elétricas) teve baixa de 2,1%.
As ações da Eletrobrás registraram perdas de 3,9% (ON) e 3,8% (PNB).

Câmbio calmo
Nem mesmo a decisão do Copom e as duas atuações do BC no mercado de câmbio evitaram que o dólar recuasse. A moeda norte-americana encerrou com baixa de 0,21%, aos R$ 2,839.
Operadores de câmbio afirmam que entrou no mercado ontem cerca US$ 250 milhões provenientes de captações feitas no exterior recentemente. Com isso, as duas compras de dólares realizadas pelo BC não foram suficientes para segurar a cotação da moeda.
A decisão do BC de não renovar os US$ 2,5 bilhões em dívida cambial que vence no próximo dia 2 poderia gerar algum impacto extraordinário no dólar.
Com o resgate dos títulos que vencem, bancos e empresas com obrigações futuras em dólares poderiam ver necessidade de comprar moeda como precaução contra eventuais altas. Mas, na prática, desde que o BC passou no ano passado a renovar parcelas cada vez menores de sua dívida cambial, o dólar não foi pressionado.


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