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Com isenção de tributos ampliada, preço de computadores deve cair mais
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O consumidor será afetado
diretamente, e de forma rápida,
por uma das medidas do governo, presente no pacote anunciado ontem. Trata-se da ampliação na isenção do PIS e da
Cofins sobre os desktops e laptops que custam até R$ 4.000.
Até então, o benefício era aplicado apenas para os equipamentos vendidos por R$ 2.500,
no caso dos computadores de
mesa, e de até R$ 3.000 nos notebooks. Haverá nova queda de
preço nos produtos já no primeiro trimestre do ano, e ela
deve favorecer o consumo da
classe média -principal mercado dos produtos de informática mais sofisticados.
Pelos cálculos, a redução nas
etiquetas deve ser de até 15%,
apurou a Folha. A medida foi
incluída no pacote a pedido da
indústria do setor, que buscava
desde o ano passado ampliar a
produção e a venda de equipamentos de maior valor agregado. A decisão deverá ser regulamentada em decreto presidencial. A extensão do benefício
vai gerar renúncia fiscal de R$
200 milhões em 2007.
"A ampliação do crédito no
varejo e os ganhos de escala já
deveriam provocar uma queda
nos preços neste ano. Essa decisão anunciada hoje [ontem]
vai ser um novo impulso nesse
sentido e deverá ser um propulsor para uma migração de
consumidores para produtos
com faixas de preços mais elevadas", conta Reinaldo Sakis,
analista sênior da IDC Brasil.
Segundo Hugo Valério, diretor da área de informática da
Abinee, a associação do setor
eletrônico, apenas com o benefício de PIS/Cofins já há uma
queda automática de quase
10% nos preços -a isenção dos
impostos atinge 9,25%. Se incluir nessa conta uma eventual
redução na margem da indústria ou do varejo, para elevar o
volume e ganhar na quantidade, a queda pode chegar a 15%.
"Houve forte redução no
mercado informal nos últimos
anos. Em 2004, 73% da venda
era de produtos sem pagamento de impostos. Essa taxa caiu
para 46% no ano passado porque o consumidor aproveitou a
queda no preço", conta Valério.
Em 2006, o setor de informática cresceu 30% no país.
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