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Dez maiores bancos dos EUA têm, juntos, prejuízo de US$ 14,1 bi no 4º tri de 2007
DA REDAÇÃO
Os dez maiores bancos dos
Estados Unidos em valor de
mercado tiveram, juntos, um
prejuízo de US$ 14,11 bilhões
no quarto trimestre do ano passado, resultado das perdas de
dezenas de bilhões com o mercado de crédito imobiliário
"subprime" (de alto risco) nos
EUA. No mesmo período de
2006, eles tinham registrado
um lucro de US$ 27,74 bilhões.
O Citigroup, o Merrill Lynch
e o Morgan Stanley foram os
únicos que tiveram perdas (um
total de US$ 23,72 bilhões),
mas os demais, com exceção do
Goldman Sachs, tiveram lucros
menores no último trimestre
de 2007 ante os mesmos meses
do ano anterior. Os únicos dois
grandes bancos que faltavam
divulgar seus resultados, Bank
of America e Wachovia, são um
claro exemplo disso.
O Bank of America disse ontem que lucrou US$ 268 milhões de setembro a dezembro
do ano passado, queda de 95,1%
em relação ao mesmo período
de 2006. O declínio foi provocado pela reavaliação de ativos
de crédito imobiliário de US$
5,28 bilhões e por enfraquecimento nos negócios -um sinal
do aperto no crédito, que também foi apontado pelos rivais.
E, como aconteceu com os
concorrentes, ele aumentou as
suas provisões, para US$ 1,74
bilhão, a fim de se resguardar
de perdas com a inadimplência.
O Wachovia teve uma queda
ainda mais expressiva em seus
ganhos, de 98%, na comparação entre o último trimestre de
2007 e o de 2006: de US$ 2,301
bilhões para US$ 51 milhões.
Mesmo o Goldman Sachs
não teve um salto expressivo
nos ganhos, apenas 2%. Na
comparação do quarto trimestre de 2006 com o de 2005, o lucro se expandiu em 93,14%.
O resultado também se refletiu no resultado nas Bolsas entre fim de 2006 e o de 2007. O
Goldman Sachs foi o único a ter
alta no seu valor de mercado. O
do Merrill Lynch foi reduzido
quase à metade (de US$ 82,3 bilhões para US$ 45,95 bilhões) e
o do Citi caiu US$ 117 bilhões,
para US$ 146,65 bilhões.
Também ontem, a empresa
de seguro de crédito Ambac
perdeu US$ 3,3 bilhões no
quarto trimestre de 2007. A
Moody's disse na semana passada que poderia reduzir a sua
nota e a da Mbia, as duas maiores do mundo. Uma queda da
nota forçaria os bancos a elevar
consideravelmente o montante
de capital de risco que retêm
contra transações já realizadas
com as seguradoras ou os detentores de títulos segurados.
A medida reverberaria nos
mercados do mundo e abalaria
o valor de US$ 2,4 trilhões em
títulos municipais e estruturados que essas seguradoras garantem, já que a perda da classificação AAA por elas também
levaria a rebaixamento na classificação de muitos dos títulos
cuja cobertura elas oferecem.
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