São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

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Levantamentos divergem em metodologia

DA SUCURSAL DO RIO

Apesar de medirem os mesmos fenômenos, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE guardam diferenças metodológicas e de abrangência geográfica, que explicam os resultados distintos em dezembro.
O Caged registra todas as admissões e todos os desligamentos realizados pelas empresas de todo o país. Considera só empregos formais.
O levantamento do IBGE é domiciliar -o informante é o morador de uma residência presente numa amostra do universo a ser pesquisado. É realizado apenas nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras -São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife-, onde se concentram 25% dos ocupados do país.
Para Cimar Pereira, gerente da pesquisa do IBGE, o Caged antecipa as tendências, pois fecha no último dia do mês, quando ocorrem muitas demissões. A PME vai a campo por quatro semanas e não completa o mês-calendário -encerrou a coleta de dezembro no dia 26.
Foram fechadas mais vagas onde não é realizada a PME, especialmente no interior paulista. Cerca de 80% das demissões ocorreram fora das metrópoles.
Os setores que mais resistem à crise -comércio e serviços- se concentram nas cidades. Usam mais mão-de-obra informal e dependem mais do mercado doméstico -mais sólido, por enquanto, do que o externo, cuja queda na demanda afeta prioritariamente a indústria.


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