|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Saiba mais
Levantamentos divergem em metodologia
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de medirem os
mesmos fenômenos, o Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do
Ministério do Trabalho e a
PME (Pesquisa Mensal de
Emprego) do IBGE guardam
diferenças metodológicas e
de abrangência geográfica,
que explicam os resultados
distintos em dezembro.
O Caged registra todas as
admissões e todos os desligamentos realizados pelas empresas de todo o país. Considera só empregos formais.
O levantamento do IBGE é
domiciliar -o informante é o
morador de uma residência
presente numa amostra do
universo a ser pesquisado. É
realizado apenas nas seis
maiores regiões metropolitanas brasileiras -São Paulo,
Rio, Belo Horizonte, Porto
Alegre, Salvador e Recife-,
onde se concentram 25% dos
ocupados do país.
Para Cimar Pereira, gerente da pesquisa do IBGE, o Caged antecipa as tendências,
pois fecha no último dia do
mês, quando ocorrem muitas demissões. A PME vai a
campo por quatro semanas e
não completa o mês-calendário -encerrou a coleta de
dezembro no dia 26.
Foram fechadas mais vagas onde não é realizada a
PME, especialmente no interior paulista. Cerca de 80%
das demissões ocorreram fora das metrópoles.
Os setores que mais resistem à crise -comércio e serviços- se concentram nas cidades. Usam mais mão-de-obra informal e dependem
mais do mercado doméstico
-mais sólido, por enquanto,
do que o externo, cuja queda
na demanda afeta prioritariamente a indústria.
Texto Anterior: Desemprego nas capitais recua para 6,8%, aponta IBGE Próximo Texto: Renda avança, mas não recupera perdas de 2003 Índice
|