DE BUENOS AIRES

A filial argentina da Petrobras prevê queda na atividade econômica no Brasil em 2005, em razão das altas taxas de juros, que afugentam o crédito. A empresa também estima diminuição da demanda por produtos petroquímicos no país.
A alta nos preços internacionais de petroquímicos (estirenos, poliestirenos e fertilizantes) em 2004 favoreceu os resultados financeiros da Petrobras Energía Participaciones. Esse incremento foi determinante para o lucro da petroleira no país vizinho. A Petrobras Energía lucrou 678 milhões de pesos (US$ 597 milhões) em 2004, alta de 78% em relação a 2003.
Mas, no balanço do último trimestre de 2004, encaminhado nesta semana à Bolsa argentina, a Petrobras Energía afirma que o Brasil poderá enfrentar neste ano "certa desaceleração da economia, devido às expectativas de aumento das taxas de juros e à conseqüente diminuição do crédito".
Já em relação à Argentina, o documento assinala que a empresa "começa 2005 com excelentes perspectivas" e "planeja concretizar significativos investimentos na exploração e produção de petróleo, para cumprir seus objetivos de crescimento de produção e de reposição de reservas, principalmente na Argentina, Venezuela e Equador".
Ao citar as perspectivas para 2005 especificamente no ramo petroquímico, o informe afirma que "o mercado brasileiro poderia manifestar retração na demanda nos primeiros meses do ano, devido às paradas programadas em fábricas de produtos de refrigeração". Em relação à "demanda local" está previsto "aumento para todos os produtos do negócio [da unidade petroquímica]".
A assessoria da Petrobras no Brasil afirmou que a empresa não comentaria o relatório de sua filial argentina e informou que seu balanço relativo ao último trimestre de 2004 será divulgado "provavelmente nesta sexta".
(SILVANA ARANTES)


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