São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

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Petróleo sobe 6% e fecha no maior valor em 3 meses

DA REDAÇÃO

O petróleo subiu 5,8% e fechou a US$ 51,15 na Bolsa de Nova York, o maior valor em mais de três meses. Em Londres, o barril ficou em US$ 48,62, contra US$ 46,80 na segunda. O salto na cotação foi causado pela preocupação dos investidores com o clima frio na Europa e no nordeste dos Estados Unidos (que aumenta a demanda por combustível para aquecimento), com a queda do dólar ante o euro e com a possibilidade de um corte na produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
O preço do barril em Nova York subiu US$ 5 nas últimas duas semanas devido ao crescimento da demanda, que ficou acima do esperado, e às previsões de produção fraca em países fora da Opep, principalmente na Rússia.
As sucessivas quedas do dólar são uma preocupação porque o petróleo é denominado em dólares. Assim, com a desvalorização da moeda americana, os países da Opep recebem menos pelo combustível.
Adnan Shihab Eldin, secretário-geral interino da Opep, disse que o grupo pode cortar a produção em mais 1 milhão de barris por dia em sua reunião em 16 de março. Representantes da Nigéria e da Argélia, porém, sugeriram que a redução não seria necessária.
Ontem, o presidente da Opep e ministro do Petróleo do Kuait, Sheikh Ahmad al-Fahd al-Sabah, também se declarou contrário a um corte na produção, mas a afirmação não acalmou os mercados.
A Opep vem observando os estoques mundiais para se assegurar de que uma reserva muito grande não cause queda no preço do combustível.


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