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Ex-executivo da Volks é condenado na Alemanha
Volkert teria recebido subornos de quase 2 mi
DA REDAÇÃO
Klaus Volkert, ex-chefe do
conselho de fábrica da Volkswagen, foi condenado ontem a
dois anos e nove meses de prisão pela Justiça alemã. O ex-sindicalista teria recebido quase 2 milhões em subornos
entre 1995 e 2005, em forma de
gratificações para aposentadoria ou até mesmo serviços de
prostitutas, e condenado por
abuso de confiança e incitação
ao abuso de confiança.
O ex-diretor de pessoal
Hans-Joachim Gebauer foi
condenado a um ano de prisão
em liberdade condicional por
incitação à malversação de recursos. No início de 2007, o ex-diretor do departamento de recursos humanos Peter Hartz
foi condenado a dois anos de
prisão em liberdade condicional e multa de 576 mil.
Em 2005, Gebauer disse em
em entrevista ao jornal alemão
"Die Welt" que o ministro da
Previdência, Luiz Marinho, então presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC, foi convidado de uma suposta festa
com prostitutas promovida
com dinheiro da empresa, na
Alemanha em 2001.
Na época, Marinho viajou à
Alemanha para negociar a
readmissão de 3.000 funcionários demitidos da fábrica de
São Bernardo do Campo (SP).
O ministro negou em 2005 que
tenha participado da festa.
"Eu fui várias vezes à Alemanha. Em todas elas, sem exceção, trouxe resultado para o
Brasil. Ou proteção para os trabalhadores ou benefício para o
país que resultou em investimento aqui. Então, o que eu
quero chamar a atenção da imprensa e da sociedade é se um
cidadão que foi demitido por
corrupção merece credibilidade", disse à época.
Gebauer disse que houve
uma espécie de "instrução" para que fossem dispensadas
atenções especiais a Marinho e
a Mário Barbosa, sindicalista e
ex-integrante do comitê de trabalhadores da Volks. Barbosa
disse, também em 2005, que as
afirmações eram "mentirosas".
Na época em que surgiram as
denúncias, Gebauer afirmou à
revista "Stern" que a Volkswagen patrocinava viagens e festas de executivos e sindicalistas
com prostitutas. Ele disse ainda que pedia o reembolso da
montadora para esses gastos e
afirmou que pagou pessoalmente os serviços de uma prostituta para Hartz.
Volkert, segundo a revista
"Focus", tinha uma amante, a
brasileira Adriana B., que teria
recebido dinheiro da montadora para um contrato de publicidade "evitável". A Volkswagen
também teria pagado viagens
de Adriana para o exterior e
uma casa no Brasil para ela.
Haveria ainda uma conta corrente no nome da brasileira, na
qual a Volks teria depositado
23 mil trimestralmente.
Ela negou ter um caso com
Volkert e disse que recebeu dinheiro da empresa para fazer
vídeos publicitários.
Com agências internacionais
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