São Paulo, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

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Auxiliar leva marmita para driblar gastos

DA SUCURSAL DO RIO

Antes do dia 20 de cada mês, o auxiliar administrativo Luiz Roberto Ribeiro Pires, 20, já gastou todo o seu vale-refeição e só lhe resta uma alternativa: levar marmita para comer no trabalho.
Pires afirma que, desde o ano passado, não consegue mais almoçar com os R$ 11,30 diários que recebe como benefício. "Gasto sempre, pelo menos, R$ 14 e R$ 15 para comer fora. Ou tenho de por do meu ou trazer de casa. Deu para sentir que comer fora ficou mais caro."
O auxiliar administrativo conta que no final do mês tem de almoçar a comida que leva de casa pelo menos três vezes por semana.

Reajuste
Na outra ponta, o mecânico Claudio Ferreira da Silva, 39, diz que teve de reajustar alguns serviços que presta em sua oficina, instalada na garagem de sua casa em Paciência, zona oeste do Rio.
Ferreira da Silva diz que várias peças que utiliza nos consertos subiram e foi obrigado a aumentar o preço dos serviços. "Eu subi alguns preços, mas não pude subir muito porque aqui na zona oeste o poder aquisitivo é baixo. Se aumentar muito, fico sem serviço. E, quando o cliente é novo, tenho de até de dar desconto para manter o freguês", afirma.
O mecânico conta que algumas peças que utiliza no reparo de motores subiram de R$ 80 para até R$ 140 desde o ano passado. Para fazer o motor, o mecânico cobra R$ 1.300 a R$ 1.700, dependendo do modelo.
Ele diz ainda que também teve de corrigir seus preços porque a água e a luz também aumentaram. Pelos dados do IBGE, o conserto de automóvel subiu 1,09% em janeiro e 9,24% em todo o ano passado.


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