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Auxiliar leva marmita para driblar gastos
DA SUCURSAL DO RIO
Antes do dia 20 de cada
mês, o auxiliar administrativo Luiz Roberto Ribeiro Pires, 20, já gastou todo o seu
vale-refeição e só lhe resta
uma alternativa: levar marmita para comer no trabalho.
Pires afirma que, desde o
ano passado, não consegue
mais almoçar com os R$
11,30 diários que recebe como benefício. "Gasto sempre, pelo menos, R$ 14 e R$
15 para comer fora. Ou tenho
de por do meu ou trazer de
casa. Deu para sentir que comer fora ficou mais caro."
O auxiliar administrativo
conta que no final do mês
tem de almoçar a comida que
leva de casa pelo menos três
vezes por semana.
Reajuste
Na outra ponta, o mecânico Claudio Ferreira da Silva,
39, diz que teve de reajustar
alguns serviços que presta
em sua oficina, instalada na
garagem de sua casa em Paciência, zona oeste do Rio.
Ferreira da Silva diz que
várias peças que utiliza nos
consertos subiram e foi obrigado a aumentar o preço dos
serviços. "Eu subi alguns
preços, mas não pude subir
muito porque aqui na zona
oeste o poder aquisitivo é
baixo. Se aumentar muito, fico sem serviço. E, quando o
cliente é novo, tenho de até
de dar desconto para manter
o freguês", afirma.
O mecânico conta que algumas peças que utiliza no
reparo de motores subiram
de R$ 80 para até R$ 140 desde o ano passado. Para fazer
o motor, o mecânico cobra
R$ 1.300 a R$ 1.700, dependendo do modelo.
Ele diz ainda que também
teve de corrigir seus preços
porque a água e a luz também aumentaram. Pelos dados do IBGE, o conserto de
automóvel subiu 1,09% em
janeiro e 9,24% em todo o
ano passado.
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