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MERCADO ABERTO
Porto do Rio terá R$ 100 milhões
Em ritmo acelerado de campanha, apesar de não ter ainda anunciado sua candidatura à reeleição, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva assina
amanhã, no Rio, um projeto de
investimento de mais de R$ 100
milhões para a reabilitação da
área portuária da cidade. O projeto é inspirado nas regiões do
Cais, de Nova York, e de Puerto
Madero, em Buenos Aires.
Lula pretende transformar o
evento de amanhã num grande
ato político. Ele estará ao lado do
prefeito do Rio, Cesar Maia, do
PFL, que ainda não decidiu se irá
lançar sua candidatura à presidência pelo seu partido ou se irá
apoiar o nome escolhido pelo
PSDB, Geraldo Alckmin.
O projeto de reabilitação da
área portuária do Rio irá promover uma mudança radical na região. Para a melhoria do acesso
rodoviário, por exemplo, estão
previstos a construção de uma
nova avenida, com investimentos calculados em R$ 16 milhões,
e novos acessos e adequações
viárias no traçado já existente no
bairro, cujas obras exigirão recursos de R$ 18 milhões.
Também estão previstos investimentos de R$ 42 milhões para a
melhoria das condições operacionais do porto e a transferência
da Superintendência da Polícia
Federal e da sede do INPI, que ficam naquela área, para outra região. Além disso, serão realizados também empreendimentos
habitacionais em terrenos do governo federal, num total de 2.335
novas unidades de habitação.
Será certamente o anúncio do
maior investimento de Lula no
Rio, a sete meses das eleições.
OLHAR ESTRANGEIRO
O crescimento contínuo da economia, e não a desvalorização
do euro e do dólar, pode beneficiar o mercado brasileiro de luxo
e, em particular, o de relógios nesse segmento. A avaliação é do
francês Philippe Alluard, presidente da TAG Heuer para a América Latina e o Caribe, em visita ao país. Para ele, o tamanho do
mercado doméstico é de 15 mil peças por ano, em se tratando de
relógios acima de R$ 1.000, e mesmo a expansão econômica irá
adicionar apenas uma quantidade limitada de pessoas ao grupo. Mas, a despeito dessa visão, ele se mostra otimista em repetir a alta alcançada nas vendas no país em 2005, de 20%. O caminho passa por aprofundar a estratégia mundial adotada desde o
ano passado, de associar a marca -historicamente com relações estreitas com o esporte- ao glamour, com o lançamento
de produtos mais sofisticados. Outra meta é elevar as vendas
para mulheres, que respondem hoje por 30% dos negócios.
SEM CAMPANHA, MAS EM ALTA
Apesar de o governo ter suspendido campanhas próprias pelos genéricos, esse tipo de medicamento continua em alta. Em janeiro de
2006, as vendas cresceram 22,7% sobre o mesmo mês de 2005, segundo dados da Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de
Medicamentos Genéricos). A movimentação no primeiro mês do
ano foi de US$ 64,7 milhões, contra US$ 42,1 milhões em janeiro de
2005. Já a participação no mercado saltou de 10% para 11,7% na mesma comparação, o que significa uma alta de 17% de "market share".
Em países como o Japão, a alta é ainda mais acelerada devido às campanhas constantes. Nos Estados Unidos, o próprio plano de saúde
fornece esse tipo de medicamento ao paciente. Segundo a diretora-executiva da Pró Genéricos, Vera Valente, o uso da publicidade poderia gerar resultados até melhores e mais rápidos. "Uma campanha faria diferença", diz. O Ministério da Saúde lembra que fez campanha
logo após a regulamentação dos genéricos, em 2000. Hoje, não são
proibidas, mas não existem porque não são prioridade, diz.
"ROAD SHOW"
Nos próximos dias, o Banco
Itaú Holding Financeira dá início a mais um "road show" de
reuniões regionais da Apimec
(associação dos analistas de investimento). Alfredo Setubal, diretor de Relações com Investidores e vice de Mercado de Capitais, vai a Brasília, Rio, Porto Alegre e Belo Horizonte para apresentar os resultados do Itaú em
2005 e cenários para 2006. Foram 13 encontros em 2005.
PÓS EM MINERAÇÃO
Diante da necessidade de formar mão-de-obra especializada
em mineração, na esteira da expansão do segmento, a Vale do
Rio Doce decidiu organizar uma
pós-graduação na atividade para
trainees. Desenvolvido pela Valer (Universidade Corporativa
Vale) em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto, o
curso começa amanhã, em Belo
Horizonte, e será para os trainees
que ingressaram em 2006.
VIAGEM RENTÁVEL
Uma caravana de 15 empresas
brasileiras do setor odontológico
acaba de voltar de participação
em evento internacional em Dubai. O saldo da missão, promovida pela Abimo (associação do setor) e pela Apex, foram negócios
que somam mais de US$ 600 mil.
A estimativa é que a participação
na feira propicie, nos próximos
12 meses, novos contratos de exportação que resultem num faturamento de US$ 2 milhões.
PRÓ-NATUREZA
O Ministério da Agricultura
decidiu cancelar toda autorização concedida pela própria pasta
em que autoriza o envase de cerveja em garrafas PET. O fabricante que decidir adotar a embalagem plástica terá que passar,
primeiro, pelo licenciamento
ambiental com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis), para só depois poder solicitar o registro ao ministério.
EXPANSÃO
A indústria farmacêutica
cresceu 6,9% no mundo em
2005, impulsionada pela introdução de novos produtos,
que respondeu por 40% da alta. O dado em valores auditados, porém, foi o menor na
década, segundo a IMS
Health. A América Latina foi
a região de maior expansão,
com 18,5% ante 2004. Já o medicamento que requer prescrição mais vendido do mundo, pelo quinto ano seguido,
foi o Lípitor, da Pfizer, para o
tratamento de colesterol. Em
seguida ficou o Plavix, para o
coração, da Bristol-Myers
Squibb e da Sanofi-Aventis.
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