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MERCADO FINANCEIRO
Rendimento dos títulos dos EUA deixou de subir, o que permitiu recuperação; Bolsa sobe 1,21%
Mercado respira, e dólar recua a R$ 2,153
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar interrompeu a série de
altas e registrou queda de 0,97%
ontem, para terminar as operações vendido a R$ 2,153.
Como tem sido nas últimas semanas, o cenário externo deu o
tom dos negócios. O rendimento
pago pelos títulos do Tesouro dos
Estados Unidos deixou de subir
ontem, o que possibilitou uma recuperação do mercado.
A Bovespa registrou alta, acompanhando o desempenho positivo das Bolsas norte-americanas.
O principal índice da Bolsa paulista, o Ibovespa, registrou valorização de 1,21%.
Ações de diferentes setores
atraíram investidores na Bovespa,
para fecharem com alta expressiva. No topo, o papel ON (ordinário) da Souza Cruz marcou ganho
de 5,18%. Logo atrás apareceram
as ações Light ON (4,48%), Itausa
PN (4,33%) e Net PN (3,73%).
O mercado brasileiro tem oscilado ao sabor do humor dos estrangeiros. As dúvidas em relação
ao futuro das taxas de juros nos
países desenvolvidos têm sido um
problema para os ativos brasileiros neste mês.
Entre quinta passada e terça, o
dólar registrou rápida valorização
(de 3%) diante do real.
Se os juros subirem de forma
consistente nos Estados Unidos,
na zona do euro ou no Japão, como muitos analistas temem, os
emergentes devem perder ainda
mais investimentos. Isso pode se
refletir em queda das Bolsas de
Valores, valorização do dólar e
aumento do risco-país.
Com o mercado menos tenso, o
risco-país brasileiro recuou ontem. No fim das operações, o indicador marcava queda de 0,87%, a
229 pontos.
No pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), as taxas
de juros encontraram espaço para
recuar.
Um cenário de maior deterioração internacional, com o dólar se
valorizando diante do real, poderia atrapalhar a evolução do atual
processo de redução da taxa básica de juros da economia, que está
em 16,5% anuais.
Na média, segundo pesquisa do
Banco Central, a expectativa das
instituições financeiras é a de que
a taxa básica esteja próxima dos
14,50% no fim de 2006.
Os contratos DI (Depósito Interfinanceiro) caíram ontem. Em
um dos papéis mais negociados,
que vence em janeiro de 2008, a
taxa recuou de 14,79% para
14,61% anuais.
(FABRICIO VIEIRA)
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