São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Rendimento dos títulos dos EUA deixou de subir, o que permitiu recuperação; Bolsa sobe 1,21%

Mercado respira, e dólar recua a R$ 2,153

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar interrompeu a série de altas e registrou queda de 0,97% ontem, para terminar as operações vendido a R$ 2,153.
Como tem sido nas últimas semanas, o cenário externo deu o tom dos negócios. O rendimento pago pelos títulos do Tesouro dos Estados Unidos deixou de subir ontem, o que possibilitou uma recuperação do mercado.
A Bovespa registrou alta, acompanhando o desempenho positivo das Bolsas norte-americanas.
O principal índice da Bolsa paulista, o Ibovespa, registrou valorização de 1,21%.
Ações de diferentes setores atraíram investidores na Bovespa, para fecharem com alta expressiva. No topo, o papel ON (ordinário) da Souza Cruz marcou ganho de 5,18%. Logo atrás apareceram as ações Light ON (4,48%), Itausa PN (4,33%) e Net PN (3,73%).
O mercado brasileiro tem oscilado ao sabor do humor dos estrangeiros. As dúvidas em relação ao futuro das taxas de juros nos países desenvolvidos têm sido um problema para os ativos brasileiros neste mês.
Entre quinta passada e terça, o dólar registrou rápida valorização (de 3%) diante do real.
Se os juros subirem de forma consistente nos Estados Unidos, na zona do euro ou no Japão, como muitos analistas temem, os emergentes devem perder ainda mais investimentos. Isso pode se refletir em queda das Bolsas de Valores, valorização do dólar e aumento do risco-país.
Com o mercado menos tenso, o risco-país brasileiro recuou ontem. No fim das operações, o indicador marcava queda de 0,87%, a 229 pontos.
No pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas de juros encontraram espaço para recuar.
Um cenário de maior deterioração internacional, com o dólar se valorizando diante do real, poderia atrapalhar a evolução do atual processo de redução da taxa básica de juros da economia, que está em 16,5% anuais.
Na média, segundo pesquisa do Banco Central, a expectativa das instituições financeiras é a de que a taxa básica esteja próxima dos 14,50% no fim de 2006.
Os contratos DI (Depósito Interfinanceiro) caíram ontem. Em um dos papéis mais negociados, que vence em janeiro de 2008, a taxa recuou de 14,79% para 14,61% anuais.
(FABRICIO VIEIRA)


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