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TURISMO
Presidente da Iberostar critica "complicação fiscal" e dificuldade de locomoção e diz que violência assusta europeus
Espanhol vê obstáculo para turismo no Brasil
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Miguel Fluxá,
presidente do Iberostar, maior
grupo de turismo da Espanha,
descarregou ontem uma série de
críticas sobre as dificuldades de
investir em turismo no país para
uma platéia de empresários do setor durante o Fórum Panrotas
Tendências do Turismo, em São
Paulo.
O primeiro ponto apontado por
Fluxá foi o efeito sobre os turistas
europeus de notícias sobre a violência nas cidades brasileiras. "É
muito diferente roubarem o seu
bolso e apontarem uma arma para você", afirmou. "Há uma preocupação muito grande com a segurança no Brasil", completou.
O Iberostar, que tem investimentos no Brasil -além de possuir um barco-hotel no Amazonas, vai abrir um complexo hoteleiro na Praia do Forte, na Bahia-, possui cem hotéis e resorts
espalhados pelo mundo, além de
navios e agências de turismo.
O empresário espanhol criticou
também o que classificou como a
"complicação fiscal" e o tamanho
da carga tributária no Brasil.
"Nunca estivemos em um país em
que a situação fiscal fosse tão
complicada como essa", declarou,
aplaudido. "Cada conta a pagar
tem seis impostos embutidos."
Sobraram críticas também para
a situação do transporte aéreo
brasileiro. "É complicado e caro
se mover de um lugar para outro
do Brasil. Vocês já tiveram a melhor companhia do mundo, a Varig, mas ela teve problemas."
Apesar das críticas, o empresário afirmou que continuará a investir no país.
Metas
O ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, revelou ontem as metas do plano nacional de
turismo para 2006: afirmou que o
objetivo é chegar a 310 mil postos
de trabalho com carteira de trabalho assinada até dezembro.
A perspectiva também é elevar
para 900 as freqüências semanais
de vôos internacionais -o número hoje é de 710- e aumentar
de 5,5 milhões para 7 milhões o
número de turistas estrangeiros
que chegam ao país anualmente.
O diretor-presidente da Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, anunciou
no fórum que assinou ontem autorização para a TAM operar sete
freqüências para Londres. Foram
autorizadas ainda, para TAM e
Gol, mais 21 freqüências por companhia para a Argentina e três para a Varig voar à Colômbia.
Durante o fórum, o presidente
da BRA, Humberto Folegatti,
anunciou que a aérea estuda abrir
capital de 18 a 36 meses. "Queremos abrir no máximo 40% do
nosso capital", afirmou.
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