|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Um terço da renda do país é imune ao desemprego, diz LCA
Boa parte da renda brasileira
sofre influência quase nula da
onda de desemprego. O emprego público e os benefícios de
aposentadorias e pensões fomentam cerca de 35% do rendimento total do país, de acordo
com um levantamento da LCA
Consultores a partir de dados
da Pnad/2007.
A soma dessas fontes de renda chegou a R$ 34 bilhões em
2007 -último dado disponível.
De acordo com Francisco Pessoa, coordenador técnico da
consultoria, a grande influência dos setores público e previdenciário na renda do país justifica a projeção da LCA de aumento de 1% do PIB brasileiro
neste ano.
A expectativa é considerada
otimista se comparada com a
de outras instituições. O banco
Morgan Stanley, por exemplo,
prevê uma retração de 4,5% na
economia brasileira para este
ano.
Para Pessoa, as análises mais
pessimistas ignoram a composição da massa de rendimentos
do país, considerando apenas a
massa de trabalho. O saldo do
emprego divulgado pelo Caged
no final do ano, com fechamento de cerca de 500 mil postos
em dezembro, assustou muitos
economistas e aumentou o tom
pessimista das avaliações de
conjuntura, afirma.
"Existem amortecedores dos
efeitos da crise na economia
brasileira que não estão sendo
considerados nessas projeções
mais pessimistas", diz Pessoa.
Mesmo diante da conjuntura
de crise, a LCA projeta expansão de 3,9% na massa total de
rendimentos neste ano. O resultado será um pouco menor
que a expansão registrada em
2008, de 5,4%.
A turbulência financeira, no
entanto, vai impulsionar para
cima a expansão real de rendimentos oriundos da previdência, segundo Pessoa. A projeção
da consultoria é de expansão de
5,7% nesses rendimentos, mais
que a alta de 3,1% registrada em
2008. O motivo apontado por
ele é que o incremento será puxado pelo aumento do salário
mínimo e pela expansão da inflação.
Já para a massa de rendimentos oriundos do trabalho, a
expectativa é de desaceleração.
TORNEIRA "HIGH-TECH'
Leonardo Senna, da iHouse, de automação residencial, investiu R$ 1 milhão em dois produtos-conceito que serão
apresentados na Feicon Batimat, nesta semana, em SP. Um
deles é uma torneira inteligente, com tela acoplada que permite ao usuário ler e-mails e ver a previsão do tempo. Outro
é um sistema de controle de equipamentos da casa e é guiado por reconhecimento facial. A previsão é que os produtos
cheguem ao mercado em 2010, mas a data dependerá do desempenho do setor imobiliário, diz Senna. O motivo é que
95% das vendas da iHouse seguem os negócios das incorporadoras. Com menos lançamentos de alto padrão, a iHouse
também vai atuar no segmento de médio padrão, em 2009.
DESCALÇO
O número de calçados exportados por empresas brasileiras caiu 26% no primeiro bimestre. Já as importações de sapatos, principalmente da Ásia, subiram 49%,
segundo a Abicalçados.
BELEZA
A Embelleze abrirá um
centro de distribuição na Venezuela. A fabricante de cosméticos quer implementar
centros técnicos de beleza
no exterior neste ano.
CRISE
Profissionais da área de
relações com investidores,
antes disputados por empresas que abriram capital no
boom do mercado financeiro, começam a ser cortados.
ATRÁS DAS GRADES
O executivo inglês Herb
Nahapiet, da Kalyx, do
grupo Sodexho, que atua
na gestão presídios na Inglaterra e outros oito países, veio ao Brasil na última semana e está de olho
no país. "Temos experiência no Chile e interesse no
Brasil." Nahapiet veio
participar de debate sobre
parcerias com empresas
privadas na administração penitenciária e conhecer presídios. A operação
da empresa atende cerca
de 21 mil prisioneiros.
Com Cristiane Barbieri (interina), Joana Cunha e Marina Gazzoni
Próximo Texto: Casos de assédio moral crescem na crise Índice
|