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"A luta continua", afirma Embratel
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
A derrota sofrida ontem no Cade (Conselho Administrativo de
Defesa Econômica, do Ministério
da Justiça), que negou a adoção de
medidas preventivas contra a Telefônica, Telemar e Brasil Telecom, não tirou a disposição para
briga da Embratel.
""A luta continua", afirmou a vice-presidente de Serviços Locais e
de Assuntos Regulatórios da Embratel, Purificación Carpinteyro.
Ela admitiu que a empresa esperava uma decisão favorável do
Cade, depois que o secretário da
SDE, Paulo de Tarso Ribeiro, deu
parecer confirmando a existência
de indícios de subsídios cruzados
e de discriminação de preços por
parte das três teles locais contra a
Embratel e a Intelig.
As duas operadoras entraram
com representação conjunta na
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), no mês passado, acusando as três teles de usarem parte do lucro que obtêm nas
ligações locais para reduzir artificialmente suas tarifas nas ligações
interurbanas, onde concorrem
com as reclamantes. A prática, conhecida como ""subsídio cruzado", é proibida pela Lei Geral de
Telecomunicações.
Outra acusação refere-se à tarifa
para acesso de outras operadoras
à rede de telefonia local. Embratel
e Intelig sustentam que esta tarifa,
chamada de ""taxa de interconexão", custa muito mais caro no
Brasil do que em outros países.
Levantamento recente da Anatel confirma que a taxa de interconexão no Brasil está entre as mais
altas do mundo. A tarifa média,
segundo o estudo, corresponde a
US$ 0,02 por minuto. Na Europa,
a média é de US$ 0,01 por minuto.
O diretor de Assuntos Regulatórios da Intelig, Alan Riviere, diz
que a decisão do Cade não prejudica a argumentação das duas
operadoras de longa distância em
relação à suposta competição desleal nos interurbanos. Segundo
ele, a Anatel está examinando a
contabilidade de todas as companhias que atuam no mercado e a
auditoria vai comprovar se há subsídio ou não.
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