São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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SAÍDA ORIENTAL

Russos e chineses são os principais alvos

Com preço em queda, exportador de café procura novos mercados

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A prospecção de novos mercados é a principal saída vislumbrada por exportadores brasileiros para contornar o excesso de oferta de café no mercado internacional e a consequente tendência de baixa do preço do produto.
A avaliação predomina entre participantes do 14º Seminário Internacional do Café, que começou ontem no Guarujá (litoral paulista). Promovido pela Associação Comercial de Santos e intitulado "Café: Sobra Produção, Falta Consumo", o evento é o maior do setor no país.
Os principais alvos dos exportadores brasileiros são os mercados chinês e russo. Estimativa da Abics (Associação Brasileira da Indústria do Café) indica que o consumo diário de duas xícaras de café por 10% da população chinesa representaria um incremento de 12 milhões de sacas no volume exportado brasileiro.
Se confirmada a previsão do Ministério da Agricultura, a safra 2002-2003, que começou a ser colhida neste mês, será a segunda maior da história, com 39,6 milhões de sacas. Mas entidades do setor estimam volume recorde, superior a 45 milhões de sacas.
A atual produção mundial de 110 milhões de sacas por ano supera o total consumido em 7 milhões de sacas. Além disso, há grandes estoques em países importadores e exportadores.
A entrada no mercado de uma eventual safra recorde do Brasil, maior produtor mundial, poderá gerar um impacto ainda maior no preço do produto, negociado a US$ 50, em média, por saca. No final de 99, o preço médio era de US$ 112,8 por saca.



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