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São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2003

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VAREJO

Com juro alto, comércio vê frustrada sua previsão de recuperação no 2º semestre
A decisão do Banco Central de manter as taxas de juros em 26,5% vai frustrar a expectativa do comércio de aumentar o faturamento e o fôlego financeiro no segundo semestre deste ano.
"O primeiro semestre nós dávamos como perdido devido às altas taxas de juros. A previsão era recuperar as vendas a partir de julho. Após a decisão do governo de manter os juros, o segundo semestre também estará perdido", diz Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo.
Para que o consumo reaja no segundo semestre, na análise dos lojistas, os juros básicos da economia deveriam cair a partir de agora, para que o consumidor viesse a ser beneficiado com uma taxa menor no crediário mais para a frente.
A Federação do Comércio do Estado de São Paulo mudou as suas projeções de crescimento para este ano por causa da manutenção dos juros básicos em 26,5%. Previa crescimento de 2% a 3% sobre o ano passado. Agora, fala em empate.
O comércio não vai bem, segundo indicadores da ACSP. As consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), indicador que mensura as vendas a prazo, caíram 2,5% do dia 1º ao dia 20 deste mês sobre igual período do ano passado. As consultas ao Usecheque, termômetro das vendas à vista, caíram 4,1% no mesmo período.
Michael Klein, sócio da Casas Bahia, diz que o consumo só cresce se as taxas de juros caírem pelos menos um ponto percentual para os consumidores. "Quando os juros eram de 3%, vendíamos muito", diz. Hoje, as taxas vão de 3,5% a 6% ao mês. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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