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Idoso quer trabalhar, mas não tem oportunidade, diz estudo
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Há vida útil, longa e saudável
após a aposentadoria, mas poucas pessoas sabem o que fazer
com esse bônus de longevidade. As pessoas mais velhas sentem-se cada vez mais saudáveis
e com disposição para trabalhar e aproveitar a vida, segundo pesquisa mundial encomendada pelo banco HSBC, que ouviu 21 mil pessoas em 21 países,
todas entre 40 e 79 anos (portanto, próximo da aposentadoria), com renda disponível para
adquirir um plano de previdência privada. Dos entrevistados,
1.001 foram ouvidos no Brasil,
país que terá 14 milhões de idosos acima de 80 anos até 2050.
No Brasil, o levantamento
mostra que 71% dos entrevistados desejam, sim, trabalhar o
máximo possível, enquanto a
saúde permitir, mas apenas
metade consegue passar dos 50
exercendo uma atividade profissional remunerada -porcentagem que cai para 35%,
após os 60 anos, e para 8% depois dos 70 anos.
"Os 70 anos de hoje representam o mesmo que os 50
anos de décadas atrás. A aposentadoria não é mais vista como um período de descanso
merecido, mas uma nova vida.
Os idosos querem trabalhar,
dar a sua contribuição, mas
num ritmo mais tranqüilo, com
horários flexíveis. E as empresas não estão preparadas para
isso", disse Richard Jones, executivo-sênior de Previdência
Complementar do HSBC.
Diferentemente do que se supõe, muitos idosos ajudam
mais financeiramente do que
são ajudados por suas famílias
-no Brasil, cerca de 25% das
pessoas entre 60 e 70 anos dão
algum tipo de ajuda financeira
a parentes e familiares. "Ao
contrário da lógica, as pessoas
aposentadas contribuem com
dinheiro e assistência financeiras para suas famílias. Logo,
não são um ônus", disse Marcelo Teixeira, diretor do HSBC
Vida e Previdência.
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