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Petrobras cobra valor de refinarias
Presidente da Petrobras Bolívia diz que oferta de US$ 112 mi vale até 11 de junho
Ministro boliviano afirmou ontem à noite que primeira parcela, de US$ 56 milhões, pelas duas refinarias será paga no prazo estabelecido
DA FOLHA ONLINE
DA REDAÇÃO
O presidente da Petrobras
Bolívia, José Fernando de Freitas, disse ontem que, se o governo boliviano não fizer o primeiro pagamento pelas refinarias
de Gualberto Villaroel e Guillermo Elder Bell até o dia 11 de
junho, "a proposta irá cair". As
refinarias foram vendidas à estatal boliviana YPFB no último
dia 10 por US$ 112 milhões.
"Todas essas conquistas alcançadas no processo de gestão
da refinaria custam dinheiro,
dinheiro dos investidores, dinheiro dos acionistas da Petrobras, que, portanto, devem ser
remunerados", afirmou o dirigente. No dia 11 de junho, vence
o prazo para pagamento da primeira parcela pelas refinarias.
Pelo acordo anunciado há
duas semanas, as refinarias
custarão US$ 112 milhões, em
duas parcelas: uma na assinatura do contrato e outra depois de
60 dias.
O ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Carlos Villegas,
disse ontem à noite que o governo do país andino "honrará
o compromisso" de US$ 56 milhões até o dia 10 de junho. Ele
pediu que a Petrobras respeite
o governo boliviano e faça declarações pelos meios oficiais.
Freitas disse ainda que, por
enquanto, está descartada a
possibilidade de que a Petrobras venha a receber o pagamento em gás natural. "O pagamento está estabelecido em dinheiro. Nada de gás."
Ele concedeu, no entanto,
que, "caso haja uma solicitação
do governo boliviano para que
alguma forma de pagamento
seja feita em gás, vamos avaliar". "No momento devido iremos decidir se aceitamos, há
complexidades para esse pagamento em gás natural, não é algo muito simples de ser feito."
Anteontem, o presidente da
Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou em São Paulo que a
estatal brasileira preferia receber o pagamento em dinheiro,
mas que, se a Bolívia fizesse
uma oferta em gás natural, a
proposta seria analisada. "Gás
natural também é dinheiro."
Na semana passada, Villegas,
afirmou que uma parte do valor
a ser pago será obtida com a
venda do petróleo cru reconstituído que é produzido nas duas
refinarias. Segundo ele, a venda
desse produto gerava lucros
"extraordinários" à Petrobras.
Villegas falou que o pagamento em gás natural pelas
duas refinarias, como chegou a
ser cogitado, não é vantajoso
para a Bolívia. Segundo ele, o
governo teria de pagar royalties
e outros tributos para as regiões onde é explorado o gás.
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