São Paulo, quarta-feira, 23 de maio de 2007

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Vaivém das commodities

mzafalon@folhasp.com.br

UM MARCO
A OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) reconheceu ontem Santa Catarina como área livre de febre aftosa sem vacinação. "É um marco histórico para o país", segundo Pedro Camargo Neto, da Abipecs (associação dos produtores e exportadores de carne suína). A OIE reconheceu também o centro-sul do Pará como área libre de febre aftosa, mas com vacinação.

NOVOS MERCADOS
Para Camargo Neto, esse reconhecimento abre novos mercados, principalmente para a carne suína, já que Santa Catarina é líder nacional na produção da carne. Entre esses mercados estão Chile, México, Japão e União Européia. São mercados que pagam mais.

IMPORTADORES
Além de poder receber mais pela carne suína, o Brasil vai diminuir a dependência que tem dos russos, compradores sempre incertos. A entrada do Japão no mercado brasileiro seria importante, segundo Camargo Neto. Os japoneses compram 24% da carne suína comercializada no mundo, mas são responsáveis por 46% dos dólares gastos nesse mercado mundial.

EXEMPLO A SEGUIR
Camargo Neto diz que os gaúchos devem seguir os catarinenses o mais rápido possível e parar de vacinar o gado contra a febre aftosa. Já em outras áreas, como Paraná e São Paulo, a situação é um pouco mais complicada, uma vez que esses Estados "importam" gado de Mato Grosso do Sul para abate.

ZONA DE CONTENÇÃO
O secretário paulista de Agricultura, João Sampaio, admite que a situação de São Paulo é mais complicada. Dos abates feitos no Estado, de 30% a 40% são com gado vindo de Mato Grosso do Sul. Sampaio acredita, no entanto, que com a criação da zona de contenção entre Brasil e Paraguai, São Paulo voltará à condição de Estado livre de aftosa com vacinação.

BEM REMUNERADO
A opção norte-americana pelo álcool de milho favorece os produtores brasileiros. Até abril, o Brasil exportou 1,7 milhão de toneladas, 205% a mais do que em igual período de 2006. Além do aumento de volume, os brasileiros conseguem melhores preços, segundo Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres: US$ 152,30 por tonelada, na média do ano.

CAFEZINHO DO DIA
Para comemorar os 280 anos do café no Brasil, a Abic apresenta amanhã, em Uberlândia (MG), as primeiras marcas certificadas do Programa Cafés Sustentáveis do Brasil. O brasileiro começa a levar em consideração a maneira como o café é feito, incluindo aspectos de produção, como os socioeconômicos e de preservação do ambiente, diz a Abic.


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