São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sindicato diz que não aliviará em negociação

CLAUDIA ROLLI
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT) dizem que não vão amenizar a pressão nas negociações com a direção do Banco do Brasil e o governo petista caso os direitos dos trabalhadores e dos clientes não sejam respeitados.
"Nossa preocupação é com os empregos, os direitos dos trabalhadores e a manutenção da rede de atendimento. Não importa se a Nossa Caixa será privatizada ou incorporada pelo BB. O sindicato tem autonomia em relação ao governo e ao partido. A pressão será a mesma", diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente da entidade.
Se não houver garantia contra demissões, o sindicato promete fazer greves e recorrer à Justiça para impedir o negócio.
No Estado de São Paulo, a Nossa Caixa tem 559 agências e emprega 15 mil pessoas. No Banco do Brasil, são 14,8 mil funcionários no Estado.
Segundo Raquel Kacelnikas, diretora do sindicato e funcionária da Nossa Caixa, o negócio com o BB deve seguir diretrizes estritamente de mercado. Ela lembra que a incorporação do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) pelo BB acontece em meio a um número significativo de demissões.

Diferenças
"A diferença na negociação [com o BB] é que existe a possibilidade de discutir. Com os bancos privados, o diálogo nem sempre é fácil", afirma.
Os sindicalistas prometem iniciar hoje a mobilização dos funcionários. Eles programam levar um carro de som para a rua 15 de Novembro (centro de São Paulo), onde fica a sede da Nossa Caixa. O objetivo é ter voz já no processo de avaliação.
Na terça, os sindicalistas terão um encontro com o deputado Roberto Felício, líder do PT na Assembléia Legislativa. Os bancários vão pedir para falar com o presidente do BB e com a Previ, fundo de pensão do BB.


Texto Anterior: Governo paulista já sofre pressão de bancos privados
Próximo Texto: BB contratará assessoria para avaliar a aquisição
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.