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Sindicato diz que não aliviará em negociação
CLAUDIA ROLLI
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Dirigentes do Sindicato dos
Bancários de São Paulo (CUT)
dizem que não vão amenizar a
pressão nas negociações com a
direção do Banco do Brasil e o
governo petista caso os direitos
dos trabalhadores e dos clientes não sejam respeitados.
"Nossa preocupação é com os
empregos, os direitos dos trabalhadores e a manutenção da
rede de atendimento. Não importa se a Nossa Caixa será privatizada ou incorporada pelo
BB. O sindicato tem autonomia
em relação ao governo e ao partido. A pressão será a mesma",
diz Luiz Cláudio Marcolino,
presidente da entidade.
Se não houver garantia contra demissões, o sindicato promete fazer greves e recorrer à
Justiça para impedir o negócio.
No Estado de São Paulo, a
Nossa Caixa tem 559 agências e
emprega 15 mil pessoas. No
Banco do Brasil, são 14,8 mil
funcionários no Estado.
Segundo Raquel Kacelnikas,
diretora do sindicato e funcionária da Nossa Caixa, o negócio
com o BB deve seguir diretrizes
estritamente de mercado. Ela
lembra que a incorporação do
Besc (Banco do Estado de Santa
Catarina) pelo BB acontece em
meio a um número significativo de demissões.
Diferenças
"A diferença na negociação
[com o BB] é que existe a possibilidade de discutir. Com os
bancos privados, o diálogo nem
sempre é fácil", afirma.
Os sindicalistas prometem
iniciar hoje a mobilização dos
funcionários. Eles programam
levar um carro de som para a
rua 15 de Novembro (centro de
São Paulo), onde fica a sede da
Nossa Caixa. O objetivo é ter
voz já no processo de avaliação.
Na terça, os sindicalistas terão um encontro com o deputado Roberto Felício, líder do PT
na Assembléia Legislativa. Os
bancários vão pedir para falar
com o presidente do BB e com a
Previ, fundo de pensão do BB.
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