São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

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Exportação ainda é ponto fraco do setor

DA FOLHA ONLINE

A "perna machucada" da indústria automobilística ainda é a exportação. No esforço de manter a receita lá fora, as empresas aumentam os preços dos produtos, enquanto as vendas por unidades caem. A expressão foi utilizada pelo presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, para defender a importância dos dois mercados, interno e externo, para o setor.
Até maio, as empresas instaladas no país amargaram queda de 10,5% em unidades exportadas, reflexo da pressão do câmbio e da competição com outros países. No ano, as vendas no mercado externo somaram US$ 4,8 bilhões, 0,7% acima do obtido no mesmo período de 2006. Até dezembro, a receita deve empatar com o ano passado, em US$ 12,7 bilhões.
As empresas afirmam que querem manter os mercados que conquistaram, mas a cada ano cai a participação das exportações na produção. A fatia destinada ao mercado externo, que já alcançou 33% dos veículos produzidos, deve chegar a 25% em 2007.
Para amenizar os impactos, o governo prometeu analisar medidas de desoneração na exportação do setor e deve lançar uma linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Outro ponto que pode ser definido pelo Ministério da Fazenda é a compensação dos créditos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre as exportações.
De acordo com a Lei Kandir, os Estados são obrigados a ressarcir as empresas do ICMS cobrado sobre insumos usados para as exportações. No entanto, o ressarcimento às empresas demora para ser feito.
Na outra ponta, o número de carros importados aumenta mês a mês. Foram vendidos no país 18,7 mil veículos importados em maio deste ano, contra 11,4 mil no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a venda de importados já é 121,8% maior do que o mesmo intervalo de 2006: 86,8 mil unidades contra 39,1 mil. (KC)


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