São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

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Fundo Blackstone consegue US$ 4,1 bi com oferta de ação

Venda inicial de títulos da empresa é a maior em quase 5 anos nas Bolsas dos EUA

Ações do fundo de "private equity" avançaram 13% em relação ao seu preço inicial; rivais também podem estar interessadas em fazer IPO


DA REDAÇÃO

Na sua estréia na Bolsa de Nova York, as ações do fundo Blackstone subiram 13,1% em relação ao preço inicial das ações, de US$ 31, naquele que foi a maior IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) do mercado americano em quase cinco anos e o sexto maior da história das Bolsas dos EUA: US$ 4,13 bilhões por 12% dos papéis da empresa.
O Blackstone é uma das maiores companhias da área de "private equity". Em fevereiro, o fundo adquiriu por US$ 39 bilhões o Equity Office Properties, que atua no setor imobiliário. E, no mês seguinte, comprou, por cerca de US$ 2 bilhões, o grupo Tussaud, então proprietário do famoso museu de cera Madame Tussaud, em Londres.
Depois da notícia de que o Blackstone pretendia vender suas ações em Bolsa, surgiram rumores de que outros fundos podem fazer o mesmo. Um dos possíveis interessados é o KKR, que em fevereiro comprou a TXU, a maior central de geração de energia elétrica do Texas, por US$ 45 bilhões. Os fundos Carlyle e Citadel também são mencionados.
O setor de "private equity" é um dos que têm mais crescido nos últimos tempos, com altos retornos. Ele consiste em adquirir o controle de empresas, fechar seu capital e sanear as contas (das empresas), para depois vendê-las, com lucro.
No mês passado, a OCDE (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento) afirmou que esses fundos estão entrando em uma zona de risco .
Para o organismo, as compras alavancadas, em que o fundo adquire uma empresa por meio de empréstimos, estão vivendo um momento de amadurecimento, em que fica cada mais difícil encontrar bons negócios e crescem os riscos de os "private equities" assumirem empréstimos ruins.
"As companhias de "private equity" estão pagando preços mais altos pelo direito de usar seu conhecimento. Então simples mudanças na estrutura do capital podem não ser suficientes para gerar bons retornos."


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