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CRISE NO AR
Assembléia que no próximo sábado analisaria união foi cancelada
Fusão Varig-TAM poderá atrasar
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do conselho curador da FRB (Fundação Ruben
Berta), Luiz Martins, afastado por
uma liminar judicial, disse ontem
que o atual presidente do conselho, Yutaka Imagawa, determinou o cancelamento da assembléia do colégio deliberante do
próximo sábado.
Imagawa foi recolocado na presidência graças à liminar dada pela Justiça de Alagoas, que impede
a continuidade do processo de fusão da Varig com a TAM.
Na assembléia, seria discutida a
proposta de fusão e os termos do
acordo entre as duas empresas.
Martins reclamou da decisão da
Justiça. "É uma pena ver valores
cultivados há mais de 58 anos
[tempo de existência da fundação], como democracia e participação dos funcionários, serem
contestados por uma medida judicial impetrada por uma única
pessoa, que vai contra o desejo legítimo e soberano da maioria
[95,8%] do colégio deliberante
[que votou a favor da fusão]."
Apesar de não ter participação
direta na liminar, existe na Varig a
suspeita de que Gilberto Rigoni,
membro do conselho curador
afastado em maio e que voltou
com a liminar, é quem está por
trás da nova pendência judicial.
Ele teria ido a Alagoas, num jatinho, na sexta-feira para acertar
com o ex-gerente de vendas da
Varig Fernando Baracho -um
acionista minoritário, dono de
300 ações- a entrada da ação na
Justiça.
Procurado pela Folha, Rigoni
não havia sido localizado até o fechamento desta edição.
Argumentos aceitos
A liminar foi concedida pelo
juiz Josenir Pereira de Souza, da
Comarca de Pariqueira (AL), que
aceitou alguns argumentos de Baracho. O acionista afirmou à Justiça que a disputa de poder na fundação entre grupos favoráveis e
contrários à fusão teria de ser resolvida antes da assinatura do
compromisso de união.
"Também aceitei o argumento
contrário à participação acionária
de apenas 5% da Varig na nova
companhia. Isso seria uma barbaridade", disse Souza à Folha.
A Varig afirmou que seus advogados estudam o caso e devem
entrar com um agravo de instrumento (recurso) no Tribunal de
Justiça do Estado de Alagoas para
derrubar a liminar.
O tribunal alagoano disse que o
agravo não havia sido apresentado até o início da noite de ontem.
Colaborou László Varga, da Reportagem Local
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