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São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2003

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Taxa real seguirá entre as maiores

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo que o Copom seja hoje mais ousado e anuncie um corte na taxa básica de até três pontos percentuais, o Brasil seguirá entre os países que têm os maiores juros reais do mundo. Colaborou para a situação a recente retração dos preços na economia.
A taxa real é obtida descontando dos juros a inflação. Por isso, quanto maior a inflação, menores são os juros reais.
Cálculos feitos pela consultoria Global Invest mostram que, se a taxa básica (hoje em 26% anuais) fosse reduzida para 23%, os juros reais seriam de 6,63%, considerando um IPCA acumulado em 12 meses de 16,25% e a Selic média do período. Se a taxa básica fosse reduzida para 24,5% ao ano, os juros reais ficariam em 6,74%.
Esse patamar de juros reais seria suficiente para colocar o Brasil neste mês entre os cinco países com maior taxa real do mundo. Em junho, quando a Selic foi reduzida de 26,5% para 26% ao ano, o Brasil passou a ocupar a 7ª posição -com taxa real de 5,1%- no ranking elaborado pela Global Invest com 40 países. Dados da consultoria mostram que o juro real superava os 10% há um ano e caíram para 3,6% em março. A consultoria considera o CDI (empréstimo entre bancos) acumulado em 12 meses e desconta o IPCA do período. (FABRICIO VIEIRA)


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