|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Taxa real seguirá entre as maiores
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo que o Copom seja hoje
mais ousado e anuncie um corte
na taxa básica de até três pontos
percentuais, o Brasil seguirá entre
os países que têm os maiores juros reais do mundo. Colaborou
para a situação a recente retração
dos preços na economia.
A taxa real é obtida descontando dos juros a inflação. Por isso,
quanto maior a inflação, menores
são os juros reais.
Cálculos feitos pela consultoria
Global Invest mostram que, se a
taxa básica (hoje em 26% anuais)
fosse reduzida para 23%, os juros
reais seriam de 6,63%, considerando um IPCA acumulado em 12
meses de 16,25% e a Selic média
do período. Se a taxa básica fosse
reduzida para 24,5% ao ano, os juros reais ficariam em 6,74%.
Esse patamar de juros reais seria
suficiente para colocar o Brasil
neste mês entre os cinco países
com maior taxa real do mundo.
Em junho, quando a Selic foi reduzida de 26,5% para 26% ao ano,
o Brasil passou a ocupar a 7ª posição -com taxa real de 5,1%- no
ranking elaborado pela Global Invest com 40 países. Dados da consultoria mostram que o juro real
superava os 10% há um ano e caíram para 3,6% em março. A consultoria considera o CDI (empréstimo entre bancos) acumulado
em 12 meses e desconta o IPCA do
período.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Dinheiro parado no BC dá R$ 450 mi a bancos Índice
|