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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa fechou ontem em baixa de 0,39%, aos 14.613 pontos, depois de 11 pregões seguidos de ganhos
Bovespa interrompe sequência de altas
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram 11 pregões seguidos de
alta. Mas ontem a Bolsa de Valores de São Paulo não teve forças
para dar continuidade ao movimento. Ontem a Bovespa fechou
com pequena baixa, de 0,39%.
Na semana, o mercado de ações
paulista acumulou ganho de
5,2%. Das 54 ações que formam o
Ibovespa, 47 encerraram o período com alta acumulada. Quem
brilhou na semana foram as ações
preferenciais "A" da petroquímica Braskem, que dispararam
20,42%.
Outro destaque da semana foram os papéis preferenciais da Tele Centro Oeste, que ganharam
17,14%. As ações PN da Eletropaulo subiram 16,7% no período.
A Bolsa passou a ganhar ânimo
na semana passada, com a divulgação de balanços que mostravam o aumento de lucros e receitas de diversas empresas no primeiro semestre do ano.
A redução de 2,5 pontos percentuais na taxa básica de juros,
anunciada pelo Copom (Comitê
de Política Monetária) na quarta-feira, deixou o mercado eufórico.
Em tese, taxas menores favorecem a migração de investidores
de aplicações que acompanham
os juros para a Bolsa.
Algumas ações não tiveram fôlego para acompanhar o bom desempenho da Bolsa. Mas as perdas acumuladas não foram muito
fortes. Quem mais perdeu na semana foi a ação com direito a voto
da Tractebel, que caiu 5,8%. A
queda desse papel foi apenas uma
realização de lucros, pois havia
subido 10% na semana anterior.
O dólar fechou vendido a
R$ 2,988 ontem, com recuo de
0,57%. Na próxima semana, a
moeda deve sofrer alguma pressão extra no mercado, pois o BC
renovou apenas 61% da dívida
cambial de US$ 930 milhões que
vence no dia 1º de setembro. A
parcela que não foi rolada será
resgatada tendo a Ptax (média do
dólar medida pelo BC) como referência. Com isso, instituições financeiras que têm papéis que serão resgatados podem forçar um
pouco a cotação do dólar.
Os contratos de juros futuros,
negociados na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), cederam mais um pouco. O contrato
DI -que considera as taxas das
operações entre bancos- de prazo de vencimento mais curto fechou em em 21,74%. No começo
da semana, esse contrato tinha taxa em torno de 23%. O contrato
de janeiro fechou com taxa de
20,19%.
(FABRICIO VIEIRA)
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