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BOLÍVIA
Índios mantêm a ameaça de cortar o gás
FABIANO MAISONNAVE
DA REPORTAGEM LOCAL
Após o fracasso da reunião que terminou na madrugada de ontem, os guaranis afirmam agora que
interromperão o fluxo de
gás ao Brasil caso a empresa Transierra não deposite
US$ 4,5 milhões. As negociações, que ocorrem com
a intermediação do governo boliviano, serão retomadas na sexta-feira.
Segundo Marcos Benício, gerente geral da Transierra e representante da
empresa na reunião, os indígenas diminuíram pela
metade a exigência do pagamento imediato de US$
9 milhões e querem que o
restante seja pago em cinco anos.
Pelo acordo original entre a Transierra e os guaranis, a empresa transferiria
US$ 9 milhões ao longo de
20 anos para projetos sociais como forma de compensar o impacto provocado pelo gasoduto.
À Folha, Benício, que é
brasileiro, disse que a empresa está analisando nova a proposta e que cumpre todos os termos do
acordo original. Ele informou que as operações da
empresa não foram afetadas até agora pelos manifestantes, que ocupam
uma estação de medição.
Responsável por 70% do
transporte do gás natural
exportado ao Brasil, o gasoduto da Transierra liga
o departamento de Tarija,
centro produtor, até o gasoduto Brasil-Bolívia.
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