São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2006

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BOLÍVIA

Índios mantêm a ameaça de cortar o gás

FABIANO MAISONNAVE
DA REPORTAGEM LOCAL

Após o fracasso da reunião que terminou na madrugada de ontem, os guaranis afirmam agora que interromperão o fluxo de gás ao Brasil caso a empresa Transierra não deposite US$ 4,5 milhões. As negociações, que ocorrem com a intermediação do governo boliviano, serão retomadas na sexta-feira.
Segundo Marcos Benício, gerente geral da Transierra e representante da empresa na reunião, os indígenas diminuíram pela metade a exigência do pagamento imediato de US$ 9 milhões e querem que o restante seja pago em cinco anos.
Pelo acordo original entre a Transierra e os guaranis, a empresa transferiria US$ 9 milhões ao longo de 20 anos para projetos sociais como forma de compensar o impacto provocado pelo gasoduto.
À Folha, Benício, que é brasileiro, disse que a empresa está analisando nova a proposta e que cumpre todos os termos do acordo original. Ele informou que as operações da empresa não foram afetadas até agora pelos manifestantes, que ocupam uma estação de medição.
Responsável por 70% do transporte do gás natural exportado ao Brasil, o gasoduto da Transierra liga o departamento de Tarija, centro produtor, até o gasoduto Brasil-Bolívia.


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