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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
LCA prevê alta de 2,5% do PIB em 2008 se crise for mais forte
Apesar do bom humor do
mercado ontem, a turbulência
no mercado financeiro ainda
não acabou. As incertezas ainda são grandes e novos estresses podem surgir a qualquer
momento, embora muito provavelmente não na mesma intensidade da semana passada.
Diante da piora do mercado
nessas duas últimas semanas, a
consultoria LCA ampliou as
chances de ocorrência do chamado cenário adverso, que prevê uma desaceleração mais forte do crescimento da economia
neste e no próximo ano.
Nesse cenário adverso, a LCA
prevê alta do PIB de 4,4% neste
ano e de apenas 2,5% em 2008.
O dólar encerra 2007 em
R$ 2,25 e o ano seguinte em
R$ 2,15. A Selic se mantém em
11,5% nos dois anos. Já a inflação fecha 2007 em 3,8% e 2008
em 4,2%, abaixo, portanto, do
centro da meta. A LCA considera um terço de probabilidade de
esse cenário se concretizar.
No outro cenário, o básico,
com dois terços de chance de se
confirmar, o PIB cresce 4,7%
em 2007 e 5% em 2008. O dólar
fecha este ano em R$ 1,95 e, em
2008, em R$ 2,05. A Selic encerra 2007 em 10,75% e o ano
seguinte em 9,5%. A inflação fica em 3,7% nos dois anos.
Para a ocorrência do cenário
adverso, o economista Bráulio
Borges, da LCA, diz que seria
necessária uma paralisia total
do crédito, o chamado "credit
crunch". Hoje, o crédito está
travado principalmente no
mercado imobiliário americano de hipotecas de qualidade
ruim, o "subprime".
A paralisia no sistema de crédito mundial provocaria uma
freada muito forte na atividade
econômica mundial, com reflexos no Brasil em 2008. Para este ano, a crise terá pouca influência. Se, por hipótese, o país
crescer zero até o final deste
ano, o PIB já terá se expandido
em 3,6%, segundo a LCA.
Os próximos dois meses serão cruciais para saber qual dos
cenários prevalecerá. A atuação
do Fed será decisiva. Se baixar
os juros e continuar injetando
liquidez no mercado, as chances do cenário básico aumentam. Caso contrário, o mercado
pode ter novos dias de turbulência.
PERFUME
O designer Kenneth Cole acaba de lançar no Brasil seu novo perfume Kenneth Cole R.S.V.P., que traz o cantor norte-americano Jon Bon Jovi como estrela da campanha. Segundo Thomas Pestalozzi, responsável pela marca no Brasil, a
embalagem, feita em madeira reciclável, é uma das novidades no mercado internacional de perfumaria. No Brasil,
marcas como Natura e O Boticário já produziam embalagens
sustentáveis.
DE MUDANÇA
O executivo carioca Márcio Mattos assume nos próximos dias a presidência da
Starent Networks, uma empresa especializada em soluções para a rede de telefonia
móvel, que desembarca no
Brasil para disputar um
mercado de US$ 800 milhões liderado pela Cisco e
pela Nokia. Mattos presidia
antes a Avaya Comunications. A contratação do executivo foi feita pelo headhunter Antônio Carlos
Martins, da Perfil Consultores Executivos.
LANÇAMENTO
O ministro Miguel Jorge
(Desenvolvimento) e Luciano Coutinho, presidente do
BNDES, estarão hoje no lançamento da revista "PIB
-Presença Internacional do
Brasil", no Centro Brasileiro
Britânico, em São Paulo.
OLHO VIVO
O chairman e CEO mundial da IP, John Faraci, desembarca em Campinas para fazer, ao lado de Maximo
Pacheco, presidente da empresa no Brasil, um "broadcast" com os colaboradores
da companhia no mundo. É
a primeira vez que essa ação
é feita fora dos EUA.
CAIXINHA
A Universidade Harvard
teve um aumento de 23%
em suas doações, fechando o
último ano fiscal, encerrado
no dia 30 de junho, com um
total de US$ 34,9 bilhões.
Com outros bens e contas
relacionadas, o valor sobe
para US$ 41 bilhões. Um dos
responsáveis pela expansão
é Mohamed A. El-Erian (foto), que comandava a norte-americana Pimco, uma das
maiores gestoras de bônus
de emergentes do mundo.
DIET
A H20H! continua na liderança no mercado diet/light
da Grande São Paulo, segundo a Nielsen de julho, com
27,8% de participação, alta
de 2,5 pontos percentuais
ante o mês anterior. A nova
versão H2OH! Tangerina Limão, lançada há um mês, teve 3,4% de participação.
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