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InBev concluirá fusão em 2008, diz executivo
Operação US$ 52 bi com Anheuser-Busch resultará na 3ª maior empresa de bens de consumo do mundo
SIMONE IGLESIAS
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente mundial da InBev, Carlos Brito, detalhou ontem ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva planos de expansão da empresa a partir da fusão com a americana Anheuser-Busch, que produz a cerveja Budweiser. Segundo Brito, o
processo de fusão que tramita
nos EUA deverá ser concluído
até o fim deste ano. Ele disse
crer que a união das cervejarias
não enfrentará problemas legais porque ocorre de forma
amigável e bem negociada.
"Estamos otimistas porque
achamos que [a fusão] é um
passo natural. O processo está
sendo analisado pelos órgãos
antitruste americanos, e, na
nossa previsão, até o fim do ano
estará tudo ok", disse Brito. Segundo o executivo, a união das
cervejarias proporcionará ganhos de escala em negociação
com fornecedores e permitirá a
expansão da marca Budweiser.
O valor da operação é de US$ 52
bilhões, pagos à vista pela InBev pela Anheuser-Busch.
A união da duas empresas resultará na terceira maior companhia de bens de consumo do
mundo, atrás apenas da Procter&Gamble e da Nestlé.
Brito negou que a lei brasileira que proíbe o consumo de bebidas para quem dirige esteja
prejudicando os negócios da
empresa. Questionado se a legislação vai levar à abertura do
mercado para chope sem álcool
e bebidas similares, disse que a
InBev sempre apoiou medidas
de consumo responsável. "Sem
dúvida [que a lei abre mercado
para o chope sem álcool]. A lei
promove o consumo responsável, há cinco anos doamos bafômetros para a polícia rodoviária", afirmou, contabilizando
que no período foram distribuídos 60 mil aparelhos.
Competição
Brito elogiou a gestão do presidente Lula para o setor. Segundo ele, o atual governo tornou a competição entre as empresas "muito mais equilibrada", reduziu a informalidade e
melhorou o ambiente de negócios. Afirmou ainda que, dos R$
5 bilhões em investimentos
programados em 2007 pela InBev, cerca de R$ 1,5 bilhão já foi
aplicado e que os demais R$ 3,5
bilhões serão investidos no
prazo estabelecido pela empresa, até 2012. Questionado se está prospectando negócios na
América Latina, Brito desconversou: "Quando isso ocorrer,
vocês saberão".
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