São Paulo, sábado, 23 de agosto de 2008

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Vendas em emergentes terão crescimento menor, diz Ghosn

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O presidente e CEO do grupo Renault/Nissan, Carlos Ghosn, disse ontem em Curitiba que os países emergentes continuarão a liderar o crescimento nas vendas de veículos em 2009. Nos desenvolvidos, afirmou, a tendência prossegue em queda.
Ao participar do lançamento de dois novos modelos das duas montadoras, Ghosn afirmou que, devido aos bons indicadores econômicos, países do Oriente Médio, além de Rússia e Brasil, são os que mais terão destaque nas vendas.
Mas o índice de crescimento será menor do que o esperado para este ano. "Em 2009, no lugar de crescimento de 20%, haverá crescimento de 10%", disse Ghosn. O Brasil, segundo ele, é um dos poucos países que poderão superar o índice estimado para o ano que vem.
Para Ghosn, parte da expansão mais enxuta no comércio mundial de veículos será observada na China, que deve começar a cobrar nas bombas o preço real do combustível, o que deve encarecer toda a cadeia automobilística do país.
No Brasil, o grupo Renault/ Nissan espera fechar o ano com a venda de cerca de 130 mil unidades, antecipando meta traçada para 2009. Entre janeiro a junho, o grupo comercializou no país cerca de 68 mil veículos, 91% a mais do que o registrado no mesmo período de 2007.
Ghosn anunciou que o Sandero Renault Stepway, com motor flex 1.6, e o Nissan Livina, nas versões com motor flex 1.6 e 1.8 para cinco e sete lugares, serão produzidos na fábrica do grupo em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. A venda dos modelos começa no ano que vem e vai atender o mercado brasileiro e sul-americano, com prioridade para a Argentina. O valor de revenda não foi revelado.

Carro de US$ 2.500
Ele disse que o grupo iniciou estudos para produzir carros de no máximo US$ 2.500. Foi aberta parceria parceria com a fabricante de motos Bajaj, da Índia, disse.
Sem mencionar prazos, o veículo seria lançado no mercado daquele país para testes de aceitação do consumidor. Depois, dependendo dos resultados, há a intenção de introduzi-lo no Brasil. "Assim poderíamos ter uma idéia clara de como ele poderia ser adaptado", disse o executivo, que estimou que o carro, no Brasil, poderia sair por cerca de US$ 10 mil.


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