FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse ontem que a crise que afeta um de seus maiores clientes -a US Airways, que há 10 dias pediu concordata- pode levar a Embraer a demitir.
"Eu não descarto nada, nenhuma medida", disse Botelho, ao ser questionado se a empresa estudava demitir após o anúncio de concordata da US Airways.
A Embraer suspendeu a entrega de jatos à US Airways logo após a empresa aérea pedir concordata.
A decisão foi informada aos empregados da Embraer no mesmo dia, por meio de um comunicado interno assinado por Botelho.
"No que diz respeito ao nosso contrato com a US Airways, é claro que vai haver impactos. Seria irresponsável supor que de fato não houvesse impacto", disse.
A US Airways é o principal cliente das aeronaves Embraer 170. Em maio de 2003, a empresa encomendou 85 jatos à empresa brasileira e fez opção de compra de outras 50. O negócio, convertidas as opções, supera os US$ 6 bilhões. Das 85 aeronaves, 22 já foram entregues pela Embraer. Para cumprir a meta de entregas deste ano, faltam ainda 14.


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