|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crescimento vai deteriorar resultados
do próximo ano, prevê Banco Central
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A retomada do crescimento
econômico deve provocar uma
piora no resultado das contas externas do ano que vem, segundo
projeções divulgadas ontem pelo
Banco Central. Com a expectativa
de um aumento cada vez maior
das importações, o saldo da conta
de transações correntes -um dos
indicadores da vulnerabilidade
externa de um país- deve sofrer
uma significativa redução.
Neste ano, o BC estima que o
país registrará um superávit em
transações correntes de US$ 6,7
bilhões -influenciado, principalmente, pela balança comercial.
Para 2005, porém, espera-se que
essa conta apresente um saldo positivo de apenas US$ 100 milhões.
Para o diretor interino de Política Econômica do BC, Eduardo
Loyo, a queda no saldo das contas
externas não é um fator de preocupação. "Ter superávit em transações correntes não é objetivo de
política econômica", afirma. "À
medida que a retomada se concretiza, é natural que haja uma redução [no superávit]."
Ao mesmo tempo em que celebra o superávit recorde alcançado
neste ano, o diretor do BC diz não
ser fundamental que esse saldo se
mantenha ao longo do tempo. Em
tese, a retomada do nível de atividade provoca aumento nas importações, o que leva a uma queda
no saldo da balança comercial.
Neste ano, o BC projeta em US$
30 bilhões o saldo da balança comercial. Em 2005, esse número se
reduziria para US$ 24,5 bilhões.
Loyo afirma que, ainda assim, é
positivo que se mantenha a conta
de transações correntes perto do
equilíbrio num momento em que
se espera que a economia cresça.
O BC também espera que as
empresas brasileiras continuem
não renovando seus empréstimos
no exterior. Segundo as projeções, elas devem refinanciar apenas 70% dos compromissos que
vencem entre este ano e 2005.
Texto Anterior: Operação da AmBev infla investimentos diretos Próximo Texto: Contramão: Fluxo de recursos recua 39% em 2003 Índice
|