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FURACÕES
Katrina, que passou há um mês, causou alta dos pedidos de seguro-desemprego para o maior nível em dois anos
Rita já paralisa 20% do refino nos EUA
DA REDAÇÃO
DA BLOOMBERG
A economia americana sentiu
os efeitos da passagem de um furacão e da aproximação de outro
ontem. Pelo menos 20% da capacidade de refino dos EUA está paralisada no Texas devido à preocupação com o furacão Rita.
Já o Katrina, que atingiu o país
há cerca de um mês, causou a alta
dos pedidos de seguro-desemprego na semana passada para o nível mais alto em dois anos. Os requerimentos aumentaram para
432 mil, ante 424 mil na semana
anterior, que teve seus dados revisados para cima, segundo o Departamento do Trabalho.
Cerca de 103 mil pedidos partiram de pessoas que perderam
seus postos de trabalho devido ao
furacão e, no total, a tempestade
foi responsável, até o momento,
por 214 mil pedidos do benefício.
Pelo menos 13 refinarias, com
uma capacidade total de mais de
3,4 milhões de barris diários, foram fechadas nas cidades de Corpus Christi, Port Arthur e Houston (e em seus arredores), em um
momento em que o Texas se prepara para enfrentar o Rita.
Cerca de 5% da capacidade de
refino dos EUA já foi perdida devido ao furacão Katrina, que fez
com que os preços da gasolina subissem para mais de US$ 3 por galão pela primeira vez nos EUA. É
possível que os preços subam ainda mais caso o Rita gere interrupções no Texas.
"Mesmo que o Rita não danifique muito as instalações, serão
pelo menos seis ou sete dias de
paralisação nessas refinarias",
disse Tom Bentz, corretor do setor de petróleo da BNP Paribas
Commodity Futures.
O Instituto Americano de Petróleo estimou ontem que as refinarias que estão no provável caminho do Rita respondem por
27,5% da capacidade de refino
dos Estados Unidos.
O órgão pediu aos motoristas
americanos que economizem gasolina, desligando o ar-condicionado e dirigindo mais devagar.
O secretário de Energia dos
EUA, Samuel Bodman, disse ontem que haveria interrupções por
causa do furacão e que seria necessário importar gasolina nas
próximas três semanas.
O petróleo caiu ontem após o
Rita ser rebaixado para a segunda
categoria de maior força para furacões. O barril fechou cotado a
US$ 66,50 em Nova York, queda
de 0,5%. Já o petróleo do tipo
Brent, vendido em Londres, fechou a US$ 64,50 após cair 0,2%.
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