São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2005

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FURACÕES

Katrina, que passou há um mês, causou alta dos pedidos de seguro-desemprego para o maior nível em dois anos

Rita já paralisa 20% do refino nos EUA

DA REDAÇÃO

DA BLOOMBERG

A economia americana sentiu os efeitos da passagem de um furacão e da aproximação de outro ontem. Pelo menos 20% da capacidade de refino dos EUA está paralisada no Texas devido à preocupação com o furacão Rita.
Já o Katrina, que atingiu o país há cerca de um mês, causou a alta dos pedidos de seguro-desemprego na semana passada para o nível mais alto em dois anos. Os requerimentos aumentaram para 432 mil, ante 424 mil na semana anterior, que teve seus dados revisados para cima, segundo o Departamento do Trabalho.
Cerca de 103 mil pedidos partiram de pessoas que perderam seus postos de trabalho devido ao furacão e, no total, a tempestade foi responsável, até o momento, por 214 mil pedidos do benefício.
Pelo menos 13 refinarias, com uma capacidade total de mais de 3,4 milhões de barris diários, foram fechadas nas cidades de Corpus Christi, Port Arthur e Houston (e em seus arredores), em um momento em que o Texas se prepara para enfrentar o Rita.
Cerca de 5% da capacidade de refino dos EUA já foi perdida devido ao furacão Katrina, que fez com que os preços da gasolina subissem para mais de US$ 3 por galão pela primeira vez nos EUA. É possível que os preços subam ainda mais caso o Rita gere interrupções no Texas.
"Mesmo que o Rita não danifique muito as instalações, serão pelo menos seis ou sete dias de paralisação nessas refinarias", disse Tom Bentz, corretor do setor de petróleo da BNP Paribas Commodity Futures.
O Instituto Americano de Petróleo estimou ontem que as refinarias que estão no provável caminho do Rita respondem por 27,5% da capacidade de refino dos Estados Unidos.
O órgão pediu aos motoristas americanos que economizem gasolina, desligando o ar-condicionado e dirigindo mais devagar.
O secretário de Energia dos EUA, Samuel Bodman, disse ontem que haveria interrupções por causa do furacão e que seria necessário importar gasolina nas próximas três semanas.
O petróleo caiu ontem após o Rita ser rebaixado para a segunda categoria de maior força para furacões. O barril fechou cotado a US$ 66,50 em Nova York, queda de 0,5%. Já o petróleo do tipo Brent, vendido em Londres, fechou a US$ 64,50 após cair 0,2%.


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