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Petróleo tem maior alta em um dia e chega a US$ 120
Aumento de US$ 16,37 na Bolsa de NY é superior à cotação do barril em 1999
Ouro também foi uma alternativa de investidores para se protegerem de incerteza nas Bolsas e da queda da moeda americana
DA REDAÇÃO
O preço do barril de petróleo
teve a maior alta da história ontem, com os investidores buscando as commodities como
um porto seguro em um momento em que ainda se discute
como será e quais serão os impactos do projeto do governo
americano para acalmar os
mercados. O aumento também
foi ajudado pela desvalorização
do dólar e pelo encerramento
de contratos de outubro.
A cotação do barril em Nova
York -que chegou a ser negociado a US$ 130- subiu US$
16,37, fechando em US$ 120,92
e superando o recorde anterior,
que era de US$ 10,75, em 6 de
junho deste ano. A alta de ontem era suficiente para comprar um barril, por exemplo,
em junho de 1999, quando ele
chegou a US$ 16,34.
A alta de ontem, de 15,66%,
também é a maior em termos
percentuais, turbinada pelas
negociações de contratos na
Bolsa de Nova York, iniciada
em 1984, antes, portanto dos
choques abruptos no preço do
barril de 1973 e 1979.
Como já aconteceu em outros momentos no ano, investidores aplicaram nas commodities (ouro, prata e cobre, por
exemplo, também tiveram altas expressivas) para se protegerem da forte turbulência nos
mercados. "O dólar está caindo
novamente, e os investidores
estão fugindo para as commodities. Voltamos ao ciclo que
empurrou os preços a níveis recordes no início deste ano", disse Michael Lynch, da Strategic
Energy & Economic Research.
Mas alta também foi ajudada
porque os investidores que
apostaram na queda do preço
do barril (venda a descoberto)
tiveram que cobrir suas posições já que ontem expirava o
contrato de outubro. "Isso
mostra que nós precisamos segurar os especuladores", disse
Peter Beutel, analista da Cameron Hanover. Segundo ele, os
investidores que levantaram o
preço ontem são os mesmos
que fizeram o barril valer US$
145,29 no início de julho (a sua
maior cotação histórica), praticamente o dobro do mesmo período do ano passado.
"São todos grandes investidores", afirmou o especialista.
"Quando as ações e o dólar estão sob pressão, eles se atiram
no petróleo e não se importam
com quem será afetado."
O ouro teve um movimento
similar ao do petróleo e chegou
a US$ 909 a onça (31,1 gramas)
na Bolsa Mercantil de Nova
York, US$ 44,37 mais que na última sexta-feira, e parece rumar de volta aos US$ 1.000. Na
quarta da semana passada, o
metal subiu US$ 70, a sua
maior alta em um único dia.
Com agências internacionais
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