São Paulo, terça-feira, 23 de outubro de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Aço deve compensar preço do cimento

Apesar da alta nos preços para o cimento prevista para este e o próximo ano, não há expectativa de descontrole no custo geral da construção. Outros materiais que também incidem sobre a construção tendem a baixar o preço e compensar a alta prevista para o cimento.
Segundo projeção da consultoria Tendências, o preço do cimento deve subir 8,5% neste ano e 10% em 2008, na média nacional. Mesmo com essas variações elevadas e ter um peso alto no custo da construção, de 2,5%, o efeito do aumento do cimento deve ser compensado pelo movimento contrário, por exemplo, do aço, que tem peso até maior, de 4%.
A previsão de uma possível queda no preço do aço tem como base uma série de investimentos que já começam a maturar neste ano e que devem ampliar a oferta do produto. Nos últimos dois anos, o setor siderúrgico promoveu uma série de investimentos no país.
O cimento tem sido usado como um exemplo de produto que tem sofrido constante aumento de preços em razão de ter uma oferta menor do que a procura. O aquecimento do mercado imobiliário no Brasil teve como reflexo o aumento de venda de todos os materiais de construção, entre eles o cimento.
Com isso, começaram a surgir dúvidas quanto à efetiva capacidade instalada para fabricar este produto no país e o efeito de uma demanda aquecida sobre os preços.
De acordo com a economista Amaryllis Romano, da Tendências, mesmo que se trabalhe com um crescimento expressivo no consumo de cimento, de 6,5% em 2007, chegando a 43,5 milhões de toneladas, não deverá ser atingido o topo de utilização de capacidade do setor.
Além disso, tem sido registrada uma série de anúncios de investimentos, inclusive em cimento. Amaryllis Romano destaca o fato de, após longos anos de queda, só em 2006 o país ter retornado à demanda de 40,8 milhões de toneladas, que foi estabelecida em 1998.
A maturação dos investimentos em cimento ainda vai demorar uns dois anos, mas, enquanto isso, o Brasil poderá contar com algumas otimizações e ganhos de produtividade em algumas plantas já existentes. De qualquer forma, haverá alguma elevação de preços, que, no entanto, não deverá pressionar os custos da construção.

Confiança e valor de bilhete definem escolha de agência

Preço e confiança são os principais fatores que influenciam a compra de viagens corporativas, segundo pesquisa da agência Tour House, com 80 empresas nacionais e multinacionais que consomem o serviço com gastos acima de R$ 500 mil ao mês (veja ao lado).

COMBATE
O advogado José Antonio Fichtner, sócio do escritório Andrade & Fichtner, foi contratado pela Zazen, produtora do filme "Tropa de Elite", para cuidar das ações judiciais que serão movidas contra os responsáveis pelo vazamento e reprodução ilegal de cópias do filme.

PRÓ-VENEZUELA
Doze governadores do Norte e do Nordeste do país se declararam a favor da participação da Venezuela no Mercosul. Eles foram entrevistados pela revista "Venbras", da Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria, entre setembro e outubro. Dos 16 consultados, quatro (AC, AL, PB e RN) não se manifestaram.

PORTOS
A Frente Parlamentar em Defesa de Infra-Estrutura do Congresso Nacional realiza, hoje, um seminário para discutir o futuro do segmentos de portos e de vias navegáveis. A agenda prevê debate sobre o cenário institucional, as demandas de mercado, a reestruturação operacional e investimentos, entre outros temas.

VELOCIDADE

Jean-Christophe Babin, presidente mundial da TAG Heuer, veio ao Brasil assistir aos embaixadores da marca -Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen- na Formula 1. Em SP, presenteou os pilotos com relógios e visitou lojas de luxo. Babin é responsável pela estratégia de atrair nomes como Uma Thurman, Brad Pitt, Maria Sharapova e Tiger Woods para promover a marca.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA


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