São Paulo, quarta-feira, 23 de novembro de 2005

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PENA DE RISCO

Todos os mandados de prisão foram cumpridos

Quatro sócios da Avestruz Master se entregam à Polícia Federal

ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA

Outros quatro sócios do Grupo Avestruz Master, todos familiares do presidente da empresa, Jerson Maciel da Silva, entregaram-se ontem à Polícia Federal de Goiás. Com as prisões da mulher, de duas filhas e de um genro de Silva, a PF finalizou o cumprimento dos sete mandados que haviam sido expedidos pela 11ª Vara Federal de Goiânia no dia 9.
A previsão é que os quatro permaneçam detidos temporariamente na carceragem da PF por cinco dias. Silva, que se apresentou no dia 15, teve o pedido de prisão prorrogado até amanhã. Apenas seu filho e sócio-proprietário, Jerson Maciel da Silva Jr., e o sócio François Thibaut Marie Vicent Van Sebroek foram liberados após prestarem depoimento.
A Avestruz Master é investigada pela PF por supostos crimes contra o sistema financeiro e sonegação fiscal. No início do mês, a sede da empresa, em Goiás, chegou a ser fechada, cheques foram devolvidos e pagamentos a investidores, suspensos.
Segundo um dos coordenadores do grupo de advogados que representa a Avestruz Master, Rafael Amparo de Oliveira, o planejamento administrativo da empresa foi praticamente concluído e será apresentado ao Ministério Público na próxima semana. Ele prevê demissões.
"Aproveitaremos o máximo possível [os empregados], principalmente os que podem ser remanejados para outras empresas do grupo", disse Oliveira.
O advogado informou que a Justiça desbloqueou uma parte dos recursos do grupo para a regularização dos pagamentos a manutenção das unidades. "A Master pagava 40% do salário no dia 20, e o restante, no quinto dia útil. Houve atraso no pagamento referente a outubro, que não foi feito no último dia 5, mas deve ser feito amanhã."
Ontem, de acordo com Oliveira, foram enviadas toneladas de ração para a unidade da empresa em Palmas (TO), onde cerca de 50 aves já morreram por falta de comida e água. Segundo ele, o fornecimento de água no local foi interrompido devido a decisões judiciais, determinando o arresto indiscriminado de avestruzes e a retirada de geradores de energia.


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